Madonna se defende após críticas a fala sobre 'explodir a Casa Branca'
A cantora pop Madonna, que disse ter pensado em "explodir a Casa Branca" durante um discurso cheio de palavrões durante a Marcha das Mulheres realizada no sábado (21) em Washington, explicou no domingo que falava metaforicamente.
O discurso de Madonna, que foi criticado nas redes sociais, levou alguns canais de televisão a interromperem bruscamente suas transmissões ao vivo da marcha, que atraiu centenas de milhares de pessoas em manifestações em centenas de cidades nos EUA e no resto do mundo em protesto contra a posse de Donald Trump como presidente.
"Não sou uma pessoa violenta", disse a cantora e compositora no Instagram. "Usei uma metáfora e compartilhei duas maneiras de ver as coisas –uma era ser esperançosa, e a outra era sentir raiva e indignação, o que senti pessoalmente".
Madonna, 58, liderou a multidão no sábado aos brados de "Sim, estamos prontos" para enfrentar as políticas defendidas por Trump, que durante a campanha eleitoral fez comentários sobre a atratividade de rivais e promessas de banir ou diminuir os direitos ao aborto.
Os comentários de Trump em um vídeo de 2005 revelado durante a campanha eleitoral, no qual declarava que, por se uma celebridade, as mulheres lhe permitiriam que as beijasse e as tocasse sem seu consentimento, revoltou ainda mais muitas mulheres.
Em seu discurso durante o protesto, Madonna direcionou palavras grosseiras aos críticos do protesto.
"Aos nossos detratores que insistem que esta marcha nunca dará em nada, vão se f...", disse a pop star, que depois repetiu a ofensa.
Suas palavras desencadearam críticas imediatas nas redes sociais. No Youtube, onde seu discurso foi mostrado ao vivo e em formatos gravados, vários usuários chamaram a artista de "má".
Outros expressaram revolta por seu comentário de que pensou em explodir a Casa Branca. No Twitter, alguns usuários exigiram que ela seja investigada por fazer ameaças terroristas.
O comparecimento da marcha de sábado foi inédito, e os organizadores afirmaram ter mobilizado 5 milhões de manifestantes em todo o mundo.
Não há estimativas oficiais para o evento principal de Washington, mas o número ultrapassou os 200 mil projetados pelos organizadores, preenchendo grandes trechos do centro da capital no entorno da Casa Branca e do National Mall, esplanada em frene ao Capitólio.
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