O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e o Ministério da Defesa de Israel aprovaram nesta terça-feira (24) a construção de 2.500 novas casas na Cisjordânia.
Segundo um comunicado da pasta da Defesa, o ministro Avigdor Lieberman afirma que ele e Netanyahu tomaram a medida "em resposta a necessidades habitacionais". A maioria das novas unidades, diz o documento, estão localizadas nas colônias israelenses.
A eleição do republicano Donald Trump nos Estados Unidos, considerado mais pró-Israel do que o ex-presidente Barack Obama, encorajou os políticos israelenses pró-assentamentos, como Netanyahu e Lieberman.
Nos últimos anos, aprovações desse tipo provocaram a condenação dos EUA e pressões diplomáticas. A maioria da comunidade internacional vê os assentamentos como ilegais e um obstáculo à paz com os palestinos.
Trump já indicou, porém, que será simpático a essa política de Israel. Em conversa com Netanyahu, por telefone, no último domingo (22), Trump convidou o premiê israelense a visitar Washington em fevereiro.
Em dezembro, o hoje presidente criticou a abstenção dos EUA em votação no Conselho de Segurança da ONU que condenou a colonização israelense em territórios palestinos.
Trump também tem causado polêmica com a ideia de mudar a embaixada americana em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
O status de Jerusalém como capital israelense é controverso internacionalmente. Israel ocupa Jerusalém Oriental desde 1967, e proclamou Jerusalém como sua capital indivisível em 1980. Os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital de seu futuro Estado.
Nesta terça, no entanto, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, não respondeu se o governo Trump é favorável à expansão dos assentamentos e disse que o assunto será discutido durante o encontro com Netanyahu no próximo mês.
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