Soldados e civis venezuelanos montam acampamento ilegal na Colômbia
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta quinta-feira (23) que considera "inaceitável" o acampamento armado por cerca de 60 militares venezuelanos em Arauquita (Departamento de Arauca), em território colombiano.
Em declaração oficial, após reunir-se com o ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, com a chanceler, Maria Ángela Holguín, e com os comandantes das Forças Armadas, Santos disse que havia telefonado para seu par venezuelano, Nicolás Maduro, pedindo a retirada dos soldados, e que este havia aceito. "Ainda assim, manteremos nossas tropas na região até que isso se cumpra", acrescentou.
Divulgação/Presidência da Colômbia | ||
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (centro), se reúne com chefes das Forças Armadas |
Por volta das 14h30 (17h30 em Brasília), os soldados venezuelanos baixaram a bandeira venezuelana e começaram a desmontar o acampamento.
Segundo relatos de moradores da região à imprensa local, os venezuelanos teriam chegado na última segunda-feira (20), expulsado o dono de uma fazenda, e armado no local um acampamento, fincando também no local uma bandeira da Venezuela.
Os moradores contaram que os soldados diziam que aquele era "território venezuelano", que estavam "cumprindo ordens" e que por isso não iriam embora. Nos dias seguintes, chegaram cerca de 50 civis venezuelanos que diziam estar "apoiando as tropas" de seu país.
O fazendeiro Édgar Camacho, dono do local onde acampam os soldados, declarou à Blu Rádio: "Eles chegaram e nos mandaram sair de casa para armar as barracas".
Santos reforçou que, antes de contatar Maduro, havia enviado uma comitiva à região para verificar o local do acampamento.
"Fui informado que as barracas estão armadas do lado colombiano do rio Arauca, que segundo todos os tratados estabelecidos com a Venezuela se trata de território colombiano."
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