Pressionado, deputado republicano se afasta de inquérito sobre a Rússia
O presidente da Comissão de Inteligência da Câmara dos Estados Unidos, Devin Nunes, anunciou nesta quinta-feira (6) se afastamento temporário da investigação sobre as relações entre equipe de campanha de Donald Trump e autoridades russas.
Nunes, que é deputado pela Califórnia, diz em nota ter sido alvo de acusações "completamente falsas" feitas pelo Escritório de Ética do Congresso.
Nicholas Kamm - 24.mar.2017/AFP | ||
O presidente da Comissão de Inteligência da Câmara dos Estados Unidos, Devin Nunes |
O deputado republicano Mike Conaway, do Texas, deve assumir a liderança das investigações interinamente.
Nunes vinha sendo criticado desde que, há algumas semanas, afirmou que conversas de assessores de Trump foram "acidentalmente" interceptadas por agências de inteligência antes de o magnata nova-iorquino assumir a Presidência.
Depois, revelou-se que o deputado havia obtido essa informação de autoridades da Casa Branca. Para a oposição, isso indicaria uma falta de autonomia de Nunes para conduzir as investigações na Câmara.
O Congresso abriu um inquérito sobre a Rússia devido às acusações das agências de inteligência de que o governo de Vladimir Putin interferiu nas eleições americanas por meio de ciberataques para beneficiar a candidatura de Trump.
Além disso, os parlamentares investigam as evidências de que assessores de Trump mantiveram contatos com autoridades russas. O general Michael Flynn foi demitido do cargo de conselheiro de Segurança Nacional após a revelação de que ele manteve conversas com o embaixador russo antes da posse de Trump.
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