Rússia foi alertada, mas tinha pessoal em bases sírias atacadas, diz rede

Crédito: Woody Paschall/AFP In this image obtained from the US Navy, the guided-missile destroyer USS Preble conducts an operational tomahawk missile launch while underway in a training area off the coast of California, on September 29, 2010. US President Donald Trump ordered a massive military strike against a Syria on April 6, 2017, in retaliation for a chemical weapons attack they blame on President Bashar al-Assad. A US official said 59 precision guided missiles hit Shayrat Airfield in Syria, where Washington believes Tuesday's deadly attack was launched. / AFP PHOTO / US NAVY / Woody PASCHALL / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / US NAVY / Mass Communication Specialist 1st Class Woody Paschall" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS ORG XMIT: USS Preble (DDG 88)
O navio USS Preble lança míssil tomahawk durante treinamento na costa da Califórnia

DE SÃO PAULO

Os Estados Unidos teriam alertado alguns países mais próximos e a Rússia sobre o ataque militar contra alvos na Síria, segundo a rede CNN.

Creditando oficiais da Defesa norte-americana, a CNN afirma que no momento dos bombardeios havia russos em uma base aérea síria atacada pelos EUA.

Não está claro quantas pessoas, nem quais suas funções ou mesmo se seriam civis ou militares.

Ainda segundo essas fontes, os EUA tiveram "múltiplas conversas" com a Rússia ao longo do dia.

Essas conversas não só serviram para alertar sobre os bombardeios em represália ao ataque com armas químicas que matou ao menos 80 civis sírios, mas também para alinhar detalhes operacionais, uma vez que os russos mantêm estrutura militar no país do Oriente Médio.

Analistas especulam sobre qual será a reação do governo do presidente Vladimir Putin, que, após o ataque químico contra civis, saiu em defesa do governo da Síria, seu aliado, defendendo a tese de que a aviação síria havia bombardeado "armazéns terroristas" com "substâncias tóxicas". Na ocasião, o Kremlin também informou que iria continuar com suas operações de apoio às tropas do ditador sírio Bashar al-Assad.

Os ataques na madrugada de sexta-feira no horário local sírio são a primeira ação militar direta dos EUA contra o governo do ditador sírio Bashar Al-Assad desde o início da guerra no país, há seis anos. A ação deve ser considerada um ato de guerra pelo governo sírio, e representa escalada substancial na presença militar norte-americana na região.

Para Lucas Leite, especialista em política externa americana e professor da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), o fato de que a Rússia ainda não tenha dado uma resposta ao conflito "mostra um grau de hesitação raro de Putin".

Segundo o especialista, uma das opções do líder russo seria intensificar ações militares na Síria contra os rebeldes sírios, buscando fortalecer o regime Assad. Outra opção, "seria buscar a negociação direta com os Estados Unidos, de maneira bilateral, ou tentar uma solução no Conselho de Segurança, que mesmo debilitado é ainda o último fórum para discutir questões de segurança".

Já para Peterson Silva, das Faculdades Integradas Rio Branco o ataque, "bastante expressivo do ponto de vista militar, pode não significar o primeiro passo de um envolvimento definitivo dos EUA no conflito, e sim uma demonstração de força".

Crédito: Mass Communication Specialist 3rd Class Robert S. Price/U.S. Navy via AP Imagem cedida pela Marinha dos EUA do navio USS Ross lançando um míssil Tomahawk do mar Mediterrâneo em direção à Síria
Imagem cedida pela Marinha dos EUA mostra míssil lançado na Síria de porta-aviões no Mediterrâneo

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