Coreia do Norte diz estar 'pronta para reagir' a ataques dos EUA
KCNA - 15.mar.2016/Reuters | ||
O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, observa ogiva de míssil balístico após lançamento |
O regime da Coreia do Norte disse na noite desta segunda-feira (10) estar "pronta para reagir" a eventuais agressões dos Estados Unidos, chamando de "ultrajante" a decisão do governo americano de mover um porta-aviões para a península coreana.
"Nós responsabilizaremos os EUA pelas consequências catastróficas implicadas por suas ações ultrajantes", disse um porta-voz da chancelaria de Pyongyang, segundo a agência de notícias estatal KCNA.
"Se os EUA ousarem escolher uma ação militar, clamando por um 'ataque preventivo' ou a 'eliminação de instalações', a República Popular Democrática da Coreia estará pronta para reagir a qualquer modo de guerra almejado pelos EUA."
As declarações do regime de Pyongyang ocorrem em meio a elevadas tensões em torno do programa nuclear norte-coreano. O governo americano avalia possíveis ações militares para impedir que as ameaças do ditador Kim Jong-un se concretizem.
A Coreia do Norte tem realizado sucessivos testes com mísseis balísticos e, no ano passado, anunciou ter alcançado tecnologia para miniaturizar ogivas nucleares, etapa necessária para conduzir um ataque.
TRUMP
Nesta terça (11), o presidente Donald Trump disse no Twitter que os EUA "resolverão o problema" da Coreia do Norte sozinhos caso a China, aliada do regime de Pyongyang, não colabore.
"A Coreia do Norte está querendo confusão. Se a China quiser ajudar, seria ótimo. Se não, nós resolveremos o problema sozinhos!", disse o republicano, que se reuniu na semana passada na Flórida com seu colega chinês, Xi Jinping. "Eu expliquei para o presidente da China que um acordo comercial com os EUA será muito melhor se eles resolverem o problema da Coreia do Norte!"
Trump vem acusando a China de praticar concorrência desleal e prometeu impor barreiras comerciais para proteger os empregos nos EUA. Analistas avaliam que o discurso belicoso de Trump contra a Coreia do Norte pode ser uma estratégia para tentar aumentar seu poder de barganha contra Pequim.
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