Hollande pede voto em Macron contra ameaça da extrema direita na França
Um dia após o primeiro turno da eleição presidencial, o presidente da França, François Hollande, afirmou nesta segunda-feira (24) que votará no centrista Emmanuel Macron no segundo turno, em 7 de maio.
"A presença da extrema direita no segundo turno é uma ameaça ao país", disse Hollande, se referindo à candidata da Frente Nacional, Marine Le Pen. Para ele, o projeto de tirar a França do euro e da União Europeia defendido por Le Pen devastaria a economia francesa.
Lionel Bonaventure - 16.jun.2015/AFP | ||
O presidente François Hollande (à esq.) e o então ministro da Economia, Emmanuel Macron, em 2015 |
"O que está em jogo é a unidade da França, sua participação na Europa e seu lugar no mundo", declarou o presidente socialista, cujo partido sofreu uma derrota esmagadora nas urnas.
Hollande decidiu não se candidatar à reeleição e o postulante socialista, Benoît Hamon, terminou em quinto lugar, com apenas 6,35% dos votos e atrás de Jean-Luc Mélenchon, da extrema esquerda, que recebeu 19,6%.
Macron teve 23,9% dos votos, enquanto Le Pen recebeu 21,4%. Ele foi conselheiro econômico de Hollande entre 2012 e 2014, e depois ministro da Economia até pedir demissão em agosto de 2016. Meses antes, lançara seu movimento Em Frente!.
Partidos à esquerda e à direita se uniram em torno da candidatura do centrista de 39 anos para impedir Le Pen chegar à Presidência.
O conservador François Fillon, do Republicanos (centro-direita), que ficou em 3º lugar, discursou logo após a divulgação dos primeiros resultados e declarou seu apoio ao rival. "Não há outra escolha a não ser votar contra a extrema direita."
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