Deputados questionam pagamentos estrangeiros a ex-assessor de Trump

DA ASSOCIATED PRESS

O ex-conselheiro de Segurança Nacional do presidente americano Donald Trump, o general Michael Flynn, pode ter infringido a lei ao aceitar pagamentos de organizações russas após uma viagem ao país em 2015.

Os líderes do Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados afirmaram nesta terça-feira (25) que, por ser um ex-integrante do Exército, Flynn é impedido por lei de aceitar pagamentos de estrangeiros.

O republicano Jason Chaffetz e o democrata Elijah Cummings também manifestaram preocupação em relação ao pagamento de US$ 530 mil à firma de consultoria de Flynn por uma empresa ligada ao governo turco.

General aposentado, Flynn foi conselheiro de Segurança Nacional por menos de um mês. Ele se demitiu após ter sido revelado que ele conversou em dezembro, antes mesmo de Trump assumir, com o embaixador russo nos EUA, Sergei Kislyak, sobre as sanções aplicadas contra Moscou.

"Você simplesmente não pode aceitar dinheiro da Rússia, Turquia ou de qualquer outro", disse Chaffetz.

Cummings criticou também a Casa Branca por se recusar a divulgar os documentos solicitados pelo comitê sobre os contatos de Flynn no exterior durante suas três semanas como conselheiro de Segurança Nacional. "Isso é inaceitável."

O advogado de Flynn afirmou, em comunicado, que o general aposentado informou sobre a viagem organizada pela rede Russia Today —simpática ao presidente russo Vladimir Putin— para a Agência de Inteligência de Defesa, que Flynn dirigiu entre 2012 e 2014, ainda no governo Barack Obama.

As declarações de Chaffetz e Cummings foram dadas após uma reunião com membros do Departamento de Defesa. "Não há nada nos dados que indiquem que o general Flynn respeitou a lei", afirmou Chaffetz.

O Congresso abriu um inquérito sobre a Rússia devido às acusações das agências de inteligência de que o governo de Vladimir Putin interferiu nas eleições americanas por meio de ciberataques para beneficiar a candidatura de Trump.

Além disso, os parlamentares investigam as evidências de que assessores de Trump mantiveram contatos com autoridades russas.

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