Iraque retoma mesquita de Mossul onde EI proclamou califado
Ahmad Al-Rubaye/AFP | ||
O minarete da mesquita Al Nuri, em maio (à esq.), e ruínas dela nesta quinta (29) |
Ahmad al-Rubaye/AFP | ||
O minarete da mesquita Al Nuri, em maio (à esq.), e ruínas dela nesta quinta (29) |
O Exército iraquiano anunciou nesta quinta-feira (29) ter retomado das mãos da organização terrorista Estado Islâmico (EI) a emblemática mesquita Al Nuri, no centro da cidade de Mossul.
O local, destruído pelos extremistas na semana passada, é onde o líder da milícia, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou um "califado" após a tomada da cidade, em junho de 2014.
O novo avanço das tropas iraquianas indica que a batalha para expulsar os terroristas de Mossul, a segunda maior cidade do país, pode estar perto de acabar. "O Estado fictício deles caiu", afirmou o brigadeiro-general Yahya Rasul, porta-voz do Exército iraquiano.
Atualmente, os combatentes do EI estão encurralados em uma pequena área da Cidade Velha de Mossul, território densamente populado por civis. Iniciada em outubro, a ofensiva sobre Mossul tem o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Ao destruir o a Mesquita Al Nuri, os extremistas sinalizaram que já dão a batalha por perdida. O EI negou ser responsável pela ação, culpando um bombardeio dos EUA pela derrubada.
Construída inicialmente no século 12, a mesquita Al Nuri –conhecida também como mesquita Corcunda devido à inclinação de seu minarete– era um dos símbolos do Iraque.
O EI destruiu diversos dos patrimônios históricos do país, incluindo a tumba do profeta Jonas, o museu de Mossul e as ruínas de Nimrud. Milhares de livros e pergaminhos foram destruídos também, em um prejuízo histórico ainda não estimado.
Além sofrer derrotas no Iraque, o EI é alvo de uma ofensiva em Raqqa, sua autoproclamada capital na Síria. A perda progressiva de territórios deve enfraquecer a milícia, reduzindo sua capacidade de obter recursos financeiros e de recrutar combatentes.
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