Trump diz que se arrepende da escolha de Sessions para secretário de Justiça
Jonathan Ernst/Reuters | ||
O secretário de Justiça dos EUA, Jeff Sessions, durante depoimento no Senado |
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (19) que jamais teria nomeado o procurador-geral, Jeff Sessions, se soubesse que ele se pediria afastamento da investigativo da suposta tentativa de ingerência da Rússia nas eleições.
Em uma entrevista ao jornal New York Times, o presidente também criticou o recente depoimento de Sessions a um painel do Senado que investiga o possível conluio entre Moscou e a campanha de Trump, dizendo que ele deu "algumas respostas ruins".
Sessions afastou-se do caso russo em março, depois que o Washington Post informou que ele se encontrou duas vezes com o embaixador russo Sergey Kislyak durante a campanha.
Trump disse que Sessions agiu de forma injusta ao assumir o cargo, em primeiro lugar, sabendo que se sentia comprometido com o caso.
"Como você pega um emprego e depois se recusa (a trabalhar)? Se ele tivesse recusado antes o trabalho, eu teria dito:" Obrigado, Jeff, mas não vou ficar com você".
"É extremamente injusto –usando uma palavra suave– para com o presidente", completou Trump.
Em um depoimento ao Comitê de Inteligência do Senado em junho, Sessions negou veementemente qualquer conluio com a Rússia em favor de Trump nas eleições americanas do ano passado. Ele classificou a suposição de "mentirosa e detestável".
Ele também se envolveu em prováveis trocas de ofensas com vários senadores que o pressionaram por detalhes sobre suas conversas com Trump, que se recusou a fornecer em nome da confidencialidade. "Jeff Sessions me deu respostas ruins", disse o presidente ao jornal nova-iorquino.
Nesta quinta, Sessions afirmou que pretende continuar no cargo apesar das críticas do presidente americano.
"Estou honrado em servir como secretário de Justiça. É algo além de qualquer aspiração que eu poderia ter tido", disse. "Penso em segui na função enquanto for apropriado", acrescentou.
Questionado sobre como poderá fazer seu trabalho sem a confiança do presidente, o secretário afirmou: "Nós estamos servindo agora mesmo. O trabalho que estamos fazendo hoje é o tipo de trabalho que pretendemos continuar fazendo".
"Estou totalmente confiante de que podemos continuar o trabalho de uma maneira efetiva", completou.
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