Homenagem a vítimas de ataque em Barcelona reúne mais de 20 mil
Lojas e estabelecimentos abriram normalmente na manhã desta sexta-feira (18) em Barcelona, um dia após o ataque terrorista que deixou 13 mortos e mais de cem feridos na região central da cidade.
Turistas caminhavam pelas ruas, músicos se apresentavam em frente a cartões-postais da cidade e restaurantes serviam suas clientelas.
Uma multidão caminhou em direção à praça Catalunha, onde ao meio-dia (7h de no horário de Brasília) houve um ato cívico em homenagem às vítimas do atentado. A guarda urbana estimou que entre 20 e 25 mil pessoas foram ao local.
A homenagem contou com a presença do rei Felipe 6º, do premiê Mariano Rajoy e da prefeita de Barcelona, Ada Colau, entre outros.
Idiomas de diversos países eram falados antes do minuto de silêncio. Alguns se vestiam com a bandeira da Catalunha e até cartaz com a bandeira do Brasil pode ser visto.
"Não temos medo", gritava a multidão em catalão ("no tinc por", no idioma oficial). A estudante Marianna Baena, 20, puxou coro com "We Are The World", de Michael Jackson e Lionel Richie.
"Não acho que mudaremos, Barcelona nunca muda, especialmente em condições como estas, nós permaneceremos fortes, estamos juntos", disse a catalã, que teve uma amiga ferida no ataque.
Um grupo de muçulmanos levantava cartazes com os dizeres "unidos contra o terrorismo" e "amor para todos, ódio a ninguém". Eles representam a comunidade islâmica Jamaat Ahmadia Del Islam, grupo reformista que se opõe aos fundamentalistas.
"Nascemos aqui, também compartilhamos desta dor", diz o diretor Tarik Ata Rafi, 30. Engenheiro civil de formação, ele deixou a profissão para "difundir o lado bom do islã" em tempo integral. "Temos que fazer isso diariamente, talvez em algum momento seremos mais ouvidos do que eles [os terroristas]."
O transporte público ainda permanecia parcialmente inoperante, mas seria reaberto após o ato cívico.
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