Incêndios deixam 15 mortos em região de vinícolas na Califórnia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DE SÃO PAULO

Pelo menos 15 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em decorrência dos incêndios que atingem a região do vale de Napa, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, anunciou o governo estadul nesta terça-feira (10).

Segundo autoridades locais, o número de mortos ainda pode subir e cerca de 150 pessoas estão desaparecidas.

Até o momento, 2.000 casas foram atingidas pelo fogo e cerca de 25 mil pessoas estão desalojadas. Pelo menos 91 mil casas e lojas estão sem energia e 28 mil estão sem gás.

Além da mata e das construções, também estão ameaçadas as vinícolas desta região, uma das principais produtoras de vinho dos EUA. São oito os condados mais afetados, incluindo Napa, Sonoma, Yuba e Mendocino.

Segundo o Napa Valley Vintners, uma organização comercial local, ainda é cedo para calcular o prejuízo causado pelo fogo.

Segundo a entidade, pelo menos quatro vinícolas sofreram uma destruição de grandes proporções e outras nove relataram ter sido afetadas pelo fogo. O grupo disse ainda que a maior parte das uvas da safra já tinham sido colhidas antes do incêndio começar.

As chamas, que começaram nas reservas naturais da região, avançaram nos últimos dias com ventos de 80 km/h e chegaram às cidades. A previsão é que a partir desta terça a velocidade dos ventos caia para 30 km/h.

Segundo as autoridades californianas, ao menos 10 focos de incêndio estão concentrados em 465 km². O clima seco e as altas temperaturas da região ajudaram o fogo a se alastrar.

A fumaça decorrente do incêndio obrigou as escolas da região a cancelarem as aulas e dois hospitais tiveram que fechar.

A mudança no clima, que ficou mais estável, porém, pode ajudar os bombeiros.

"Nós precisamos aproveitar e tirar vantagem dessa calmaria antes que os ventos recomecem", disse Steve Crawford, do Departamento de Floresta e Proteção a Incêndios da Califórnia.

"Há muita devastação, pessoas andando por aí que perderam tudo. Talvez nós estejamos acostumados a ver fogo e destruição, mas essas pessoas não estão", afirmou ele a agêndia Reuters.

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