Trump não fecha acordo para evitar paralisação do governo

Crédito: Win McNamee/Getty Images/AFP O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, após encontro com Trump
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, após encontro com Trump

DE SÃO PAULO

Faltando apenas horas para o prazo final, o líder democrata no Senado, Charles E. Schumer, afirmou ter feito "algum progresso" com o presidente Donald Trump para evitar uma paralisação do governo em um encontro privado na tarde desta sexta-feira (19). Porém, os dois não alcançaram um acordo final, afirmou Schumer.

"Temos um bom número de discordâncias", disse Schumer após deixar a Casa Branca. "As discussões vão continuar."

Uma proposta que impede a paralisação do governo federal, chamada pelo termo em inglês "shutdown", precisa ser aprovada até a meia-noite desta sexta (3h no horário de Brasília) no Senado para entrar em vigor.

A paralisação afeta diversos setores do governo, levando ao fechamento de agências e de parques nacionais, à paralisação de serviços e ao adiamento do pagamento de diversos servidores federais.

O problema pode acontecer porque o Congresso não conseguiu aprovar um orçamento para o atual ano fiscal, que começou em outubro.

Os democratas estão fazendo oposição à medida porque não oferece proteção aos chamados "dreamers", a geração filhos de imigrantes que foram trazidos para os EUA ainda menores de idade, ou trata de outras prioridades como medidas em casos de desastres naturais.

Caso não haja acordo, o "shutdown" coincidirá com o aniversário de primeiro ano do governo Trump, que tomou posse em 20 de janeiro de 2017.

A imprensa acompanha o desenlace do caso com expectativa: na CNN, um cronômetro que marca as "horas para o shutdown" estampa a tela desde manhã. Outros sites de notícia, como o do "Washington Post", fizeram o mesmo.

As negociações forçaram Trump a cancelar a viagem para a Flórida, onde costuma passar seus finais de semana jogando golfe –ele partiria da Casa Branca às 16h desta sexta.

Se a paralisação do governo se confirmar, a capital federal deve enfrentar uma segunda-feira com museus e escritórios do governo fechados.

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