Ex-jogador Weah toma posse como presidente da Libéria

Crédito: Issouf Sanogo/AFP Da esq. para dir.: a nova vice-presidente Jewel Taylor, o presidente George Weah, a nova primeira-dama Clar Weah e a ex-presidente Ellen Johnson Sirleaf durante a cerimônia na capital Monróvia
Da esq. para dir.: a nova vice-presidente Jewel Taylor, o presidente George Weah, a nova primeira-dama Clar Weah e a ex-presidente Ellen Johnson Sirleaf durante a cerimônia na capital Monróvia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-jogador de futebol George Weah tomou posse nesta segunda-feira (22) como o novo presidente da Libéria prometendo combater a corrupção.

A cerimônia aconteceu em um estádio na capital Monróvia e é a primeira transferência democrática de poder no país desde 1944.

O ex-atacante de Milan, PSG e Monaco foi eleito em 26 de dezembro para substituir a vencedora do Nobel Ellen Johnson Sirleaf, há 12 anos no cargo. Ele derrotou no segundo turno o então vice-presidente Joseph Boakai, aliado de Sirleaf.

"Eu acredito plenamente que o mandato popular que eu recebi do povo da Libéria é um mandato para acabar com a corrupção no serviço público e eu prometo cumprir este mandato", disse ele usando um traje todo branco.

"Como funcionário público, é hora de colocar o interesse do nosso povo acima de interesses egoístas. É hora de sermos honestos com nosso povo", afirmou Weah, eleito o melhor jogador do mundo em 1995.

O novo presidente disse que irá combater os problemas econômicos do país, além de melhorar os serviços de educação e saúde. "Eu não prometo resoluções rápidas ou milagres. Em vez disso, eu juro a vocês hoje que minha administração, com sua ajuda, irá alcançar e entregar progressos em direção a conquistar as esperanças e aspirações que vocês desejam no coração", disse ele.

Apesar de ter sido senador e de ter disputado à Presidência em 2005 —quando foi derrotado por Sirleaf— a falta de experiência em cargos públicos é outro desafio que Weah terá que enfrentar.

Ele terá como sua vice Jewel Howard-Taylor, senadora e ex-mulher de Charles Taylor, um dos líderes da guerra civil que dividiu a Libéria nos anos 1990. Após vencer o conflito, ele comandou o país entre 1997 e 2003, mas perdeu apoio e fugiu para a Nigéria. Em 2012, foi condenado pelo Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda, por uma série de crimes contra a humanidade.

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