ESTELITA HASS CARAZZAI
DE WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça (30) que irá manter aberta a prisão de Guantánamo, que deixou de receber prisioneiros durante o governo de Barack Obama.

O anúncio ocorreu no primeiro Discurso sobre o Estado da União de Trump, tradicional prestação de contas do presidente dos EUA ao Congresso.

"Terroristas devem ser tratados como os terroristas que são", afirmou Trump. Ele assinou a ordem executiva que determina a manutenção do presídio em Cuba, bem como a revisão das políticas prisionais do país, minutos antes de ir ao Capitólio para o evento.

A controversa prisão em Cuba abriga prisioneiros acusados de terrorismo, e foi inaugurada em 2002 pelo presidente George W. Bush, após os atentados de 11 de Setembro. Autoridades americanas admitiram o uso de tortura contra os detentos do local -o que foi combatido por Obama e defendido por Trump durante a campanha eleitoral.

"Complacência e concessões só atraem agressão e provocação. Não repetirei os erros de administrações passadas", declarou o presidente nesta terça (30).

Desde que assumiu o governo, Trump interrompeu o esvaziamento de Guantánamo e deixou de transferir presos para outros países, como vinha fazendo a administração de Obama. Atualmente, 41 homens permanecem detidos na ilha.

O republicano reafirmou em seu discurso desta terça (30) a continuidade da guerra contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, e disse que ainda "há muito trabalho a ser feito".

O mandatório ainda fez duras críticas à Coreia do Norte e disse que não há "regime ditatorial mais cruel" do que o comandado pelo ditador Kim Jong-Un.

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