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23/05/2010 - 10h02

Eleitores fazem longas filas para votar na Etiópia

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os eleitores etíopes formaram filas desde as 4h (22h deste sábado em Brasília) para votar nas eleições gerais do país. As urnas abriram às 6h e a votação ocorre em meio a denúncias de intimidação da oposição.

O atraso na abertura de alguns dos 52 colégios eleitorais espalhados em Adis-Abeba obrigou várias pessoas que esperavam para votar a ir embora sem votar, para poder chegar a tempo ao trabalho.

"As eleições são muito mais importantes que nossos trabalhos", afirmou Bisrat Belay, 57, que foi a um dos postos eleitorais que atrasou a abertura das urnas.

Segundo os funcionários eleitorais, os atrasos aconteceram porque alguns representantes dos candidatos da oposição não chegaram a tempo aos centros de votação.

Cerca de 32 milhões dos 80 milhões de etíopes foram convocados às urnas nas eleições gerais, nas quais o bloco governista Frente Democrática Revolucionária Popular Etíope (EPRDF) é o favorito.

Membros da oposição e críticos dizem que a eleição deve levar a outra década de governo do primeiro-ministro do país, Meles Zenawi, que assumiu o controle da Etiópia em um golpe, em 1991.

Um total de 63 partidos apresentaram mais de 7.000 candidatos, 31 deles independentes, em 2.547 distritos eleitorais.

Apesar da vitória quase certa, Zenawi enfrenta desta vez uma coalizão com muitos antigos correligionários que se tornaram críticos de suas posturas autoritárias nos últimos anos.

Intimidação

O maior bloco de oposição denunciou a intimidação dos seus observadores, o que deve levar seus líderes a contestar os resultados do pleito deste domingo.

Mais de 260 mil observadores internacionais acompanharam o processo eleitoral, no qual participarão 220 mil oficiais, cinco para cada colégio.

Os líderes da oposição temem que a eleição se torne uma repetição do pleito de 2005, quando cerca de cem políticos e ativistas que denunciaram fraudes foram presos.

O pleito foi seguido ainda de ações violentas da polícia, que acabaram com a morte de 193 manifestantes.

O maior bloco da oposição, Medrek, reclamou da intimidação dos eleitores. "Achamos que não poderemos aceitar os resultados", disse o porta-voz do Medrek, Negasso Gidada.

Apenas três horas após o início da votação, ele disse que observadores do Medrek foram impedidos de entrar nos colégios eleitorais e presos em várias partes do país.

Negasso disse, contudo, que o bloco não deve rejeitar um convite para participar do governo, caso o premiê seja reeleito, como fez a oposição em 2005.

Ele enfatizou que o partido levará quaisquer denúncias de irregularidades no pleito à corte.

O porta-voz do governo, Bereket Simon, disse não ter conhecimento de qualquer irregularidade ou problemas na votação. "Isto é simplesmente uma mentira orquestrada", disse, sobre as denúncias de intimidação.

"Se eles rejeitarem o resultado antes dele ser decretado, significa que eles sabem que eles perderam", completou.

As urnas fecham às 18h (12h em Brasília), os primeiros resultados devem ser divulgados na segunda-feira, mas o cenário oficial será revelado apenas no fim de junho.

 

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