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27/05/2010 - 04h02

Acordo com Irã seguiu roteiro sugerido por Obama a Lula

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DE SÃO PAULO

O acordo nuclear entre Brasil, Turquia e Irã segue, ponto a ponto, todas as solicitações que o presidente Barack Obama expusera em carta a seu colega Lula em abril, revela reportagem de Clóvis Rossi, publicada nesta quinta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

A Folha teve acesso a uma cópia da íntegra da carta, em que Obama "sugere caminho a seguir", datada de 20 de abril, apenas três semanas antes, portanto, da viagem de Lula ao Irã, da qual resultou o acordo.

É natural, por isso, que haja perplexidade na diplomacia brasileira com a reação negativa de Washington ao acordo, antes e depois de o Irã ter formalizado o entendimento por meio de carta à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

Acordo

No último dia 17, Brasil, Irã e Turquia assinaram o acordo pelo qual Teerã se comprometeu a enviar 1.200 kg de seu estoque de urânio pouco enriquecido à Turquia, sua vizinha, para em um ano receber de volta 120 kg do material processado a 20% para uso em pesquisa médica.

Os EUA rejeitaram o pacto nuclear, apontando-o como uma estratégia do Irã para evitar novas retaliações da ONU devido a seu programa nuclear. Um dia após a assinatura do acordo, os EUA apresentaram ao Conselho de Segurança da ONU uma proposta para impor novas sanções ao país persa.

Turquia e Brasil e Irã pediram uma suspensão das discussões sobre as sanções por causa do acordo de troca de combustível, mas as potências ocidentais suspeitam que o acordo seja uma tática iraniana para evitar ou postergar as sanções.

O Ocidente teme que o Irã pretenda desenvolver armas nucleares, mas Teerã afirma que o seu programa tem fins pacíficos.

Nesta quarta-feira, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu que Obama aceite o acordo nuclear mediado por Brasil e Turquia. Segundo ele, o líder americano 'perderá uma oportunidade histórica' de cooperação com Teerã caso o rejeite.

Leia a reportagem completa na Folha desta quinta-feira, que já está nas bancas.

 

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