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27/05/2010 - 22h51

Procurado por crimes de guerra, presidente toma posse no Sudão

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O presidente sudanês Omar Hassan al Bashir, o único chefe de Estado procurado por crimes de guerra pela Corte Internacional de Justiça, foi empossado nesta quinta-feira após sua reeleição em uma votação marcada por boicotes.

Bashir, que rejeita as acusações de que teria ordenado assassinatos e massa, abusos sexuais e torturas em Darfur, deverá presidir um referendo para a cessão do sul do Sudão o que, segundo analistas, dará independência à região produtora de petróleo.

Vestindo um manto e uma touca brancos, Bashir deu boas vindas a chefes de pelo menos cinco Estados africanos presentes na cerimônia, incluindo a Mauritânia, o Chade e o Djibuti.

"Esta fase marca um novo começo", disse Bashir a um Parlamento lotado. "Não retornaremos à guerra, e não haverá lugar para minar a segurança e a estabilidade", disse ele.

Mas a pompa e circunstância na homenagem ao polêmico líder colocaram diplomatas europeus e funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) num dilema, especialmente em meio às tensões persistentes entre Cartum e o sul semiautônomo. Os combates continuam em Darfur.

A União Europeia apoia os esforços para julgar Bashir, mas também quer manter o diálogo para garantir que o referendo não implique a renovação da guerra civil que já dura décadas no Sudão.

A ONU disse que enviaria dois importantes diplomatas ao Sudão, apesar das críticas de defensores dos direitos humanos.

"Diplomatas que participarem da posse de Bashir estarão rindo do apoio de seus governos para a justiça internacional", disse Elise Keppler, conselheiro sênior do Programa Internacional de Justiça do grupo Human Rights Watch.

Vitória fácil

Bashir venceu com 68% as eleições de abril, que foram marcadas por boicotes da oposição e alegações de fraude disseminada.

Seu partido e aliados conquistaram cerca de 95% dos assentos no Parlamento no norte, dando a ele mais do que os dois terços de maioria necessária para fazer mudanças constitucionais.

 

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