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02/06/2010 - 12h03

ANP concede cidadania palestina a todos os integrantes da "Frota da Liberdade"

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No mesmo dia em que o governo de Israel anunciou que todos os integrantes da "Frota da Liberdade" foram encaminhados para deportação, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, concedeu cidadania palestina a todos os ativistas.

"Concedemos hoje a nacionalidade palestina a todos que contribuíram à frota porque se trata de um ato muito respeitável", disse Abbas na abertura de um evento em Belém (Cisjordânia) que contará com a presença do enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, que chega nesta tarde à região.

Raed Qutena/Efe
Um dos 16 ativistas kuaitianos, Abdolrahman al Failakawi retorna ao seu país após deportação de Israel
Um dos 16 ativistas kuaitianos, Abdolrahman al Failakawi retorna ao seu país após deportação de Israel

O comboio naval era formado por seis navios que levavam ajuda humanitária à Faixa de Gaza, com 750 pessoas a bordo. Na segunda-feira, o Exército israelense atacou a frota em águas internacionais, deixando nove mortos.

A grande maioria dos integrantes da frota está sendo transferida hoje ao Aeroporto Intenacional Ben Gurion, em Israel, para que eles sejam repatriados em seis aviões turcos.

"Não é a primeira vez que sangue árabe e muçulmano se mistura com sangue palestino na longa luta do povo palestino", disse Abbas ao falar sobre as vítimas, segundo a transcrição do discurso publicada pela agência oficial palestina "Wafa".

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) ressaltou que a expedição marítima "não era a primeira iniciativa séria para romper o cerco ao povo palestino nem será a última", em referência ao bloqueio sobre Gaza promovido por Israel em 2006.

Além disso, Abbas acusou Israel de praticar "terrorismo de Estado" contra os palestinos, que, segundo ele, "sofrem diariamente".

Abusos

Mais cedo, um primeiro grupo de 123 ativistas foi libertado e cruzou a fronteira para a Jordânia, de ônibus. Ao chegar à Jordânia, os ativistas relataram que durante os dois dias em que estiveram detidos em prisões israelenses não receberam água nem comida, foram impedidos de dormir e não puderam ter acesso a banheiros.

"Os israelenses exageraram e humilharam a todos nós -- mulheres, homens e crianças", disse o parlamentar kuaitiano Walid al Tabtabai, que estava a bordo de um dos navios com ativistas de países muçulmanos.

"Eles foram brutais e arrogantes, mas nossa mensagem de que o bloqueio a Gaza é injusto e deveria ser levantado imediatamente chegou aos quatro cantos do mundo", acrescentou.

Oded Balilty/AP
Ativista em direção ao aeroporto de Tel Aviv; integrantes da frota foram encaminhados para deportação
Ativista em direção ao aeroporto de Tel Aviv; integrantes da frota foram encaminhados para deportação

De acordo com o parlamentar "não havia uma única arma com os passageiros a bordo dos navios" da frota humanitária.

O parlamentar kuaitiano faz parte de um grupo de 123 pessoas oriundas de 13 países que chegaram hoje à Jordânia, de ônibus, após deportação da prisão em Israel.

A agência oficial jordaniana Petra informou a deportação de 126 pessoas que já haviam chegado na Jordânia.

Os ativistas teriam cruzaram a fronteira pela ponte Allenby. Além de jordanianos, o grupo inclui cidadãos do Bahrein, Kuwait, Marrocos, Síria, Argélia, Omã, Iênem e Mauritânia, assim como da Indonésia, Paquistão, Malásia e Azerbaijão.

Da Jordânia, os ativistas devem partir de volta para seus países de origem.

O governo de Israel confirmou ainda a liberação de 50 turcos que aguardam serem transportados por voos especiais enviados pela Turquia, no Aeroporto Internacional Ben Gurion, de Tel Aviv. Outros turcos foram levados para este aeroporto da prisão de Beersheva, no sul de Israel.

Quarenta e oito ativistas permanecem hospitalizados. Israel também começou a repatriar as famílias do pessoal diplomático de Ancara.
Segundo a rádio oficial israelense cerca de 50 familiares do pessoal do consulado e embaixada de Israel na capital turca foram chamados de volta à Jerusalém, como medida de segurança após os protestos na Turquia.

 

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