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EUA prendem suspeito de vazar na web vídeo de assassinato no Iraque
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ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Autoridades americanas confirmaram nesta segunda-feira que Bradley Manning, 22, analista de inteligência militar, foi preso por supostamente vazar material secreto ao site Wikileaks, incluindo um famoso vídeo de 2007 que mostra um helicóptero dos EUA matando vários civis em Bagdá. A prisão ocorreu há duas semanas no Iraque, onde o analista estava baseado. Manning está detido atualmente no Kuait, segundo o site da TV MSNBC.
Ele foi acusado como autor dos vazamentos por um ex-hacker, Adrian Lamo, segundo o site "Wired". Lamo disse que o analista se gabou por e-mail de ter entregue ao "Wikileaks" o vídeo do helicóptero, que mostra o assassinato de um fotógrafo da agência de notícias Reuters, e três outros vídeos de ataques --incluindo um bombardeio polêmico no Afeganistão.
Também teria divulgado um relatório confidencial em que o Pentágono classificava o Wikileaks como "ameaça de segurança" e até 260 mil arquivos de órgãos governamentais, como o Departamento de Estado americano. "[A secretária de Estado] Hillary Clinton e milhares de outros diplomatas no mundo todo vão ter um ataque do coração", teria escrito Manning em um e-mail.
O delator de Manning disse que a decisão de informar autoridades sobre os vazamentos não foi fácil, mas que foi importante para a segurança nacional. "Quis fazer tudo certo", disse Lamo. "O que Manning descreveu é uma cultura de insegurança e pouca atenção à informação."
Em alguns e-mails, o analista conto como foi fácil copiar e vazar os arquivos. "Eu chegava com um CD regravável com uma etiqueta, digamos, da [cantora] Lady Gaga. Apagava a música e copiava um arquivo. Ninguém nunca suspeitou de nada."
Manning diz que escutava música enquanto "extraía possivelmente o maior vazamento de dados da história americana". "Servidores fracos, segurança física fraca, contrainteligência fraca, análise de sinais desatenta... [formaram] uma tempestade perfeita." "Consideramos esses vazamentos muito sérios", disse ontem um porta-voz do Departamento de Estado. "Eles têm grande potencial de comprometer nossa habilidade de oferecer o tipo de análise que líderes precisam para tomar suas decisões."
O WikiLeaks diz que, como não filtra a identidade de seus informantes, não pode confirmar se foi Manning o autor dos vazamentos. O site (www.wikileaks.org) é uma espécie de Wikipedia de arquivos vazados. A ideia é divulgar material o mais amplamente possível com completo anonimato das fontes, que fazem uploads anônimos e protegidos.
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