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16/06/2010 - 16h30

UE se compromete a enviar missão a Gaza se Israel acabar com bloqueio

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DA EFE, NA FRANÇA

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, anunciou nesta quarta-feira que o bloco europeu está disposto a colaborar para facilitar a entrada de produtos e pessoas em Gaza se Israel colocar um fim ao bloqueio.

Ela garantiu que poderia enviar uma missão naval com esse objetivo.

Catherine explicou que junto à possibilidade de "reativar" a missão europeia na passagem de Rafah entre Gaza e Egito, a UE está "preparada para apoiar a entrada de bens e pessoas".

A diplomata se expressou durante um debate realizado no Parlamento Europeu sobre o ataque israelense a um comboio que levaria ajuda humanitária a Gaza e as consequências do bloqueio ao território palestino.

Catherine voltou nesta quarta a pressionar Israel para que coloque um fim à política, que provoca "sofrimento" em Gaza e que "não dá mais segurança a Israel".

Para ela, o bloqueio "prejudica as pessoas normais, impede a reconstrução", "alimenta o radicalismo" e "reforça o Hamas".

Catherine reconheceu que pôr fim a essa situação não será fácil, já que é necessária a cooperação de israelenses e palestinos. Porém, se mostrou convencida de que há um movimento para abrir passagem a ajuda humanitária, a bens comerciais e a pessoas.

Neste sentido, anunciou que a UE enviará "em breve" uma missão exploratória para avaliar sua possível contribuição para uma solução "que funcione para o povo de Gaza e responda às preocupações de Israel".

Israel

Após se reunirem nesta quarta-feira para discutirem maneiras de aliviar o bloqueio à faixa de Gaza, os ministros que integram o gabinete israelense adiaram para a quinta-feira a decisão sobre o tema.

Sob pressão internacional por causa do confronto em alto mar que matou nove ativistas na costa de Gaza em maio, Israel pode ampliar uma lista, atualmente com cerca de cem itens, da qual constam os produtos autorizados a entrarem por terra no território palestino que está sob restrições de Israel por ser governado pelo grupo islâmico Hamas.

Falando na terça-feira ao Parlamento, o chefe da segurança interna de Israel, Yuval Diskin, manifestou oposição à ideia de aliviar o bloqueio, visto por organizações humanitárias como uma punição coletiva aos 1,5 milhão de habitantes da faixa de Gaza.

A condenação global ao bloqueio cresceu desde que, em 31 de maio, soldados israelenses mataram nove ativistas turcos que estavam numa frota naval que tentava levar mantimentos à Faixa de Gaza. Israel diz que seus soldados agiram em defesa própria, pois eram agredidos ao desembarcarem no navio.

O Estado judeu alega também que o bloqueio, em vigor desde 2006, é importante para evitar que o Hamas, considerado um grupo terrorista por EUA e União Europeia, obtenha armas e ameace a existência de Israel.

Mas, sob um plano preparado em conjunto com Tony Blair, representante especial da comunidade internacional para o Oriente Médio, Israel poderia inverter sua política atual -- em vez de ter uma lista de poucos itens autorizados a entrarem no território palestino, seria adotada uma lista de itens proibidos, segundo diplomatas.

Blair representa o chamado Quarteto de Negociação do Oriente Médio -- EUA, ONU, União Europeia e Rússia. Na semana passada, ele se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

Turquia

A Turquia anunciou nesta quarta-feira a formação de uma comissão para analisar o ataque de Israel aos navios que levavam ajuda humanitária para a faixa de Gaza no dia 31 de maio.

O Ministério das Relações Exteriores turco informou que o comitê será liderado pelo seu ministro e o da Justiça e servirá para "avaliar a dimensão nacional e internacional" do ataque israelense e preparar o terreno para uma possível investigação internacional.

O anúncio diz que a comissão, que inclui os funcionários da Marinha, já se reuniu duas vezes desde que foi formado na segunda-feira (14).

 

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