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22/06/2010 - 19h39

Empresários venezuelanos denunciam aceleração de expropriações no país

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DA ANSA, EM CARACAS

Representantes do empresariado da Venezuela reiteraram nesta terça-feira seu repúdio às expropriações dispostas pelo governo que, segundo denunciam, estão sendo aceleradas, além da não haver um "pagamento justo", o que é negado pelas autoridades.

O presidente da Confederação Nacional de Industriais (Conindustria), Carlos Larrazábal, opinou que "a política de ocupação das empresas está acelerada".

"Nas últimas duas semanas as expropriações foram publicadas quase que diariamente na Gazeta Oficial [órgão de publicação do Estado]", insistiu.

O titular do Conselho Nacional de Comércio e Serviços (Consecomercio), Fernando Morgado, apontou, por sua vez, que 26 companhias foram "tomadas" recentemente e "não apenas as indústrias, mas fazendas" também.

O governo decidiu intervir em diversas empresas que, de acordo com a administração, especulam os preços prejudicando o consumidor.

Entre as companhias expropriadas estão, principalmente, indústrias da área de alimentos e de produtos de primeira necessidade.

Expropriações

A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pelo chavismo, aprovou na última terça-feira (15) uma reforma na lei de terras que proíbe qualquer tipo de concessão de terras a terceiros -- quer de maneira remunerada ou não. A nova legislação ainda precisa ser sancionada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.

O texto determina que as fazendas e os terrenos podem ser expropriados se forem considerados ociosos, se forem cedidos a terceiros e se "sua utilização for contrária aos planos nacionais de desenvolvimento e segurança agroalimentar". Os deputados governistas festejaram a aprovação como passo rumo ao socialismo.

Oposicionistas se manifestaram contra as novas medidas acusando o governo chavista de querer impôr seu poder sobre as terras do país.

O governo Chávez diz ter expropriado ou comprado 2,7 milhões de hectares de terras desde 1999 -- há estimados 30 milhões de hectares cultiváveis no país -- e afirma que o objetivo de médio prazo é exportar comida.

 

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