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Ex-ditador argentino vai a julgamento em agosto por assassinato de estudante
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DA EFE, EM BUENOS AIRES
O ex-ditador argentino Jorge Videla vai a julgamento a partir do dia 10 de agosto pelo sequestro e assassinato de um estudante durante o último governo de facto, informaram nesta segunda-feira fontes judiciais.
O julgamento contra o primeiro dos quatro governantes da ditadura argentina (1976-1983) acontecerá na Província de Santiago del Estero, a 1.100 km de Buenos Aires, precisou o Centro de Informação Judicial.
A data foi fixada pelo Tribunal Oral Federal de Santiago del Estero, que levará adiante o processo pelo sequestro e assassinato do estudante Cecilio Kamenetzky, ocorrido em 1976.
Além de Videla, na causa também são acusados os ex-comandantes Antonio Domingo Bussi e Luciano Benjamín Menéndez, que em 2008 foram sentenciados a prisão perpétua pelo desaparecimento em 1976 do senador peronista Guillermo Vargas Aignasse.
Também estarão no banco os ex-policiais Moussa Acaso Curi, Ramiro do Vale López Veloso e Miguel Tomás Garbi, acusados dos crimes de privação ilegítima de liberdade, tortura, homicídio qualificado e formação de quadrilha.
Entre os responsáveis pela causa estão a Secretaria de Direitos Humanos da Argentina, além de organizações humanitárias e familiares da vítima.
Videla, 84, será submetido a partir de desde sexta-feira a outro julgamento na cidade argentina de Córdoba (800 quilômetros de Buenos Aires) por crimes contra a humanidade cometidos na Unidade Penitenciária desse distrito.
O ex-ditador foi levado há um ano e meio a uma prisão da unidade militar de Campo de Mayo, depois que o juiz federal Norberto Oyarbide revogou sua prisão domiciliar, e é processado, entre outras causas, pelo sequestro de menores durante o regime, no qual desapareceram 30 mil pessoas, segundo as entidades de direitos humanos.
Fontes judiciais informaram este fim de semana que o ex-ditador, que governou entre 1976 e 1981, foi levado dias atrás para uma prisão da cidade de Córdoba à espera do julgamento que deve enfrentar pelo fuzilamento de 31 presos.
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