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30/06/2010 - 07h24

Papa cria órgão de combate à secularização

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O papa Bento 16 vai instituir no Vaticano um órgão para combater a secularização e "reevangelizar" países ricos e desenvolvidos do Ocidente, segundo ele ameaçados pelo "eclipse de um sentido de Deus".

A iniciativa, anunciada anteontem pelo pontífice, é vista como um reconhecimento tácito de que falharam até agora as tentativas recentes do Vaticano de revigorar o cristianismo, principalmente na Europa e América do Norte, onde a frequência aos cultos e a ordenação de novos sacerdotes tiveram forte queda no último meio século, e a reputação da igreja foi manchada por diversos escândalos de pedofilia.

"A secularização produziu uma grave crise no sentido da fé cristã", disse Bento 16 ao anunciar o novo departamento. Seu objetivo será "encontrar as formas corretas de voltar a propor a verdade perene do Evangelho" em países onde a igreja está presente há séculos.

O anúncio foi feito em meio às festas de São Pedro e São Paulo, tradicionalmente celebradas juntamente com representantes da Igreja Ortodoxa --que, apesar de manter relações tensas com os católicos, também almeja combater a secularização.

O nome do órgão "antissecularização" ainda não foi anunciado, mas a imprensa italiana especula que será Conselho Pontifício Pela Nova Evangelização.

Também segundo a imprensa, a liderança do novo departamento deve ficar a cargo do arcebispo italiano Rino Fisichella, atualmente chefe da Pontifícia Academia para a Vida.

Em março do ano passado, Fisichella criticou a excomunhão de um médico brasileiro responsável pelo aborto realizado em uma menina de nove anos abusada sexualmente por seu padrasto, em Pernambuco.

A crítica desagradou a ala mais conservadora de sua academia --a Igreja Católica ordena a excomunhão automática em casos de aborto.

EVANGELIZAÇÃO

A imprensa italiana espera também que o Vaticano nomeie um novo chefe para a Congregação para a Evangelização dos Povos, trabalho missionário liderado atualmente pelo cardeal Ivan Dias, que tem 74 anos e estado de saúde debilitado.

A congregação ganhou as manchetes porque o antecessor de Dias, cardeal Crescenzio Sepe, está sendo investigado pela Justiça da Itália por um escândalo de corrupção, envolvendo supostas transações milionárias com imóveis do Vaticano. Sepe nega as acusações.

 

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