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01/07/2010 - 23h09

Suspeita de espionagem é solta sob fiança; nove seguem detidos nos EUA

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em mais um capítulo da novela de espionagem russa, nesta quinta-feira um juiz de Nova York (EUA) concedeu o benefício de prisão domiciliar sob fiança à jornalista peruana Vicky Peláez, enquanto outros nove suspeitos permanecem sob custódia federal.

O FBI (Polícia Federal americana) prendeu nesta semana dez pessoas acusadas de manter identidades falsas nos EUA para se aproximar de fontes políticas e obter informações críticas sob ordem do governo russo, em uma trama que relembra os anos da Guerra Fria. O 11º suspeito está foragido, após pagar fiança e ser libertado no Chipre.

Provavelmente porque nunca enviaram informação confidencial, nenhum dos 11 suspeitos foi acusado até o momento de espionagem propriamente dita, passível de prisão perpétua.

Todos foram acusados de trabalhar como agentes para um governo estrangeiro, acusação cuja pena máxima é de cinco anos de prisão, e lavagem de dinheiro, por conta do salário clandestino que recebiam (pena de no máximo 20 anos).

Audiências

Um juiz de Nova York determinou que Vicky Peláez fosse solta após pagar fiança, desde que seja mantida sob prisão domiciliar e monitorada eletronicamente.

O juiz Ronald Ellis negou fiança a Richard e Cynthia Murphy, de Montclair, New Jersey, dizendo haver provas "fortes de que os Murphy eram agentes do governo estrangeiro que usavam identidade falsa".

O casal Murphy levava uma vida aparentemente normal no subúrbio de New Jersey --ele ficava em casa com os dois filhos pequenos, enquanto ela ia pra o trabalho como planejadora financeira em Nova York. Na verdade, atuavam como espiões russos, disseram promotores.

Também nesta quinta-feira, uma audiência de prisão em Nova York com o suspeito Juan Lazaro foi adiada, bem como uma audiência em Alexandria, Virginia, para os suspeitos Michael Zolotti, Patricia Mills e Mikhail Semenko, que deve ser retomada na sexta-feira.

Em Boston, a audiência foi adiada para outros dois suspeitos: Donald Heathfield e uma mulher identificada como Tracey Lee Ann Foley.

Promotores afirmaram que o homem preso no Chipre, Christopher Metsos, foi solto sob fiança, mas agora é considerado um fugitivo.

Provas

Os promotores afirmaram que o caso é "extraordinariamente forte" e citaram novas provas, como US$ 80 mil em dinheiro que disseram ter encontrado em uma caixa pertencente a Lazaro e Peláez, casal que vive em Yonkers, Nova York.

Segundo os promotores, Lazaro admitiu usar um nome falso e ser russo, apesar de afirmar ser uruguaio.

Afirmaram ainda ter pesquisa de fotos e vídeos "devastadoras" de Richard Murphy encontrando-se com um representante russo em 2004. Os promotores disseram que ele planejava viajar a Moscou este ano usando um passaporte irlandês com um nome diferente.

Promotores também disseram ter um vídeo de Peláez se encontrando com um representante do governo russo na América Latina, onde dinheiro teria sido encontrado. Há também mais de cem mensagens trocadas entre o casal Murphy e seus negociantes russos.

O caso vai muito além dos 11 suspeitos, e há "vários agentes do governo russo nesse país [EUA] que participam ativamente dessa conspiração", disse o promotor assistente Michael Farbiarz.

 

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