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05/07/2010 - 11h25

Entrevista coletiva de Lula ao lado do ditador da Guiné Equatorial é cancelada

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ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL À GUINÉ EQUATORIAL

A coletiva prevista na agenda da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Guiné Equatorial ficou só no papel.

Depois do encontro oficial de Lula com o ditador Obiang Nguema Mbasogo, há 31 anos no poder, os jornalistas foram levados para uma sala onde ocorreria uma assinatura de de atos e a entrevista coletiva. O local estava lotado de oficiais e empresários, além dos jornalistas que tiveram que ficar em pé por falta de espaço.

Mas logo que as assinaturas se encerraram, os jornalistas não tiveram nem ao menos tempo de fazer perguntas. Mbasogo se levantou para deixar a sala, acabando com qualquer possibilidade de ser questionado sobre as acusações de organizações internacionais por violações contra direitos humanos.

Lula chegou na tarde deste domingo (4) ao país do centro-oeste africano e foi recebido pelo ditador na porta do avião.

Na manhã desta segunda-feira, ele se reuniu com Mbasogo no suntuoso palácio presidencial, onde o chão e paredes de mármore e madeira maciça e lustres de cristal contrastam com a pobreza do resto do país.

Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores Celso Amorim justificou a visita do presidente Lula, afirmando que "negócios são negócios" e o Brasil não pode desprezar as possibilidades de trocas comerciais com o país.

"Tem empresa com mais de US$ 1 bilhão investidos [na Guiné Equatorial], não é pouca coisa. Nós não podemos jogar isso fora, nenhum país do mundo joga isso fora, nem Estados Unidos, nem Alemanha, nem França", afirmou.

"O exemplo tem muito mais força do que a pregação moralista", continuou.

 

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