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Cubano em greve de fome diz que sua morte será culpa dos Castro
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DA EFE, EM HAVANA
O dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há mais de quatro meses, divulgou nesta segunda-feira uma mensagem em que se diz "consciente" da possibilidade de uma morte próxima, pela qual apontou "os irmãos Fidel e Raúl Castro" como futuros responsáveis.
"Consciente do meu falecimento próximo, eu estou, e o considero uma honra pois tento salvar a vida de uns 25 presos políticos", aponta Fariñas em mensagem enviada por telefone a seu porta-voz, Licet Zamora, do hospital onde está internado.
Licet Zamora disse que a mensagem é uma resposta à entrevista divulgada na imprensa oficial de Cuba, no fim de semana, sobre o estado de saúde do dissidente.
"Os únicos responsáveis por minha futura morte são os irmãos Fidel e Raúl Castro. Confio na equipe médica e paramédica que me atende. É por isso que rejeitei as diferentes ofertas que fizeram para que eu me tratasse em outros países", disse o psicólogo e jornalista, de 48 anos.
O dissidente iniciou a greve de fome após a morte do preso político Orlando Zapata, como forma de exigir a liberdade de 26 opositores presos doentes.
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