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11/07/2010 - 14h18

Irã suspende oficialmente pena de morte de mulher por apedrejamento

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DE SÃO PAULO

A Justiça iraniana decidiu suspender, até segunda ordem, a pena de morte por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma mulher de 43 anos acusada de adultério, anunciou neste domingo a agência oficial Irna.

"O veredicto foi suspenso por motivos humanitários e por ordem (...) do chefe da autoridade judiciária e não será aplicado pelo momento", declarou Malek Ajdar Sharifi, encarregado da Justiça na província do Azerbaijão oriental.

Mãe de dois filhos, Ashtiani recebeu 99 chicotadas após ter sido considerada culpada, em maio de 2006, de ter uma "relação ilícita" com dois homens. Depois, foi declarada culpada de "adultério estando casada", crime que sempre negou, e condenada a morte por apedrejamento.

O anúncio de que a aplicação da pena "poderia ser iminente" despertou uma grande mobilização internacional, e países como França, Reino Unido, EUA e Chile expressaram suas críticas à decisão de Teerã.

Dezenas de celebridades dos mundos político e cultural, como o brasileiro Chico Buarque e a viúva de John Lennon, Yoko Ono, assinaram uma carta aberta contra o apedrejamento até a morte de Ashtiani.

AP
Foto divulgado pela Anistia Internacional em Londres mostra Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério
Foto divulgado pela Anistia Internacional em Londres mostra Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério

O texto da carta, disponível no site "Save Sakineh", pede a eliminação da prática de apedrejamento no Irã, "que viola toda e qualquer definição de Direitos Humanos." O documento já foi assinado por 45.230 pessoas, incluindo ainda os cantores Peter Gabriel, Sting, Annie Lennox e o brasileiro Caetano Veloso, além dos atores Colin Firth, Emma Thompson, Robert Redford, Juliette Binoche e Robert De Niro.

O romancista indiano Salman Rushdie, a ex-secretária de Estado americana Condoleezza Rice e o prêmio Nobel da Paz José Ramos Horta também estão na lista. "O apedrejamento é bárbaro... e precisa parar", diz a nota.

com agências de notícias

 

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