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Sudão expulsa funcionárias da ONU após acusação de genocídio contra ditador
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Sudão ordenou a expulsão de duas funcionárias da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pertencente à ONU, três dias após a decisão da Corte Penal Internacional (CPI) de acrescentar três acusações de genocídio à ordem de prisão contra o ditador sudanês, Omar Al Bashir.
"As autoridades sudanesas transmitiram, esta quarta-feira, a Laura Palatini e Carla Martínez uma carta instando-as a deixar o país em 72 horas", afirmou um representante humanitário que pediu para ter sua identidade preservada.
Sudão negou que a ordem de expulsão tenha sido retaliação à acusação de genocídio. Cartum, contudo, expulsou 13 funcionários de ONGs estrangeiras no ano passado, depois que a Corte emitiu ordem de prisão contra Bashir por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
"A razão é que elas praticaram muitas atividades não relacionadas a seus trabalhos", disse Moawia Osman Khalid, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Sudão. Ele não afirmou que tipo de atividades seriam.
Carla Martínez, de nacionalidade espanhola, é diretora da OIM em Darfur, uma região do oeste do Sudão devastada há sete anos por uma complexa guerra civil. O confronto matou pelo menos 300 mil pessoas, segundo estimativas da ONU, e dez mil, segundo o governo. Outras 2,7 milhões foram deslocadas.
Laura Palatini, italiana, é chefe do escritório da OIM na região sul de Darfur.
A OIM confirmou a expulsão e disse que o governo sudanês não deu justificativa. As duas funcionárias, afirma, trabalhavam com refugiados de Darfur.
Fontes consultadas pela agência France Presse afirmam que a OIM solicitou uma mediação para evitar a expulsão.
Os juízes da Corte Penal Internacional (CPI) acrescentaram as três acusações de genocídio na segunda-feira, após uma corte de apelações ordenar o acréscimo ao crime por matar, causar danos físicos e psicológicos e "deliberadamente infligir condições de vida calculadas para trazer destruição física".
A medida vai aumentar a pressão diplomática sobre o regime já isolado de Al Bashir. Contudo, como o Sudão não reconhece a corte, a ordem de prisão não pode ser executada.
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