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Hillary chega ao Paquistão para anunciar ajuda milionária e aproximação
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegou neste domingo ao Paquistão, onde deve anunciar iniciativas financiadas com US$ 500 milhões de ajuda americana e, em reuniões com os principais líderes paquistaneses, dar um grande passo na aproximação entre os dois países.
O Paquistão ganhou maior importância no governo de Barack Obama, que ampliou a ajuda não militar ao país para US$ 7,5 bilhões pelos próximos cinco anos. Em troca, espera um grande comprometimento das forças paquistanesas em combater a insurgência taleban e a rede terrorista Al Qaeda, que encontram refúgio seguro em seu cinturão tribal, fugindo da ação internacional no vizinho Afeganistão.
Paul J. Richards/AP | ||
Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chega a Islamabad para primeira parada de giro asiático |
Hillary deve aproveitar a viagem para anunciar oficialmente iniciativas em saúde pública, distribuição de água e agricultura, como a construção de um hospital de 60 leitos em Karachi e ajuda a produtores de manga para exportação do produto.
A cerimônia será um grande passo, mas não deve resolver de vez as desconfianças que cercam os dois lados da relação.
Muitos oficiais americanos duvidam do comprometimento paquistanês em combater o Taleban e sua determinação em expandir seu programa nuclear, afirma reportagem do jornal "New York Times".
O Paquistão negocia com a China a compra de dois reatores nucleares, um acordo feito fora dos olhos do Grupo de Fornecedores Nucleares (NSG, na sigla em inglês) --do qual os três países são membros. O NSG estabelece métodos para o comércio nuclear com países como o Paquistão, que não permitem todas as conferências de segurança sobre sua indústria nuclear.
Já do lado paquistanês, há grande preocupação com a possibilidade da administração Obama colocar o grupo insurgente paquistanês Haqqani na lista de organizações terroristas. Islamabad mantém laços com o grupo e quer explorar esta relação como modo de expandir sua influência no Afeganistão, afirma o "NYT".
Hillary deve se encontrar ainda hoje com o presidente Asif Ali Zardari e o premiê Yousaf Raza Gillani. A agenda inclui ainda encontros com empresários paquistaneses e o líder da oposição, Nawaz Sharif.
O giro asiático de Hillary a levará, no próximo dia 20, ao Afeganistão. Lá, participa da Conferência de Cabul, em que 70 países e representantes da ONU e da Otan devem analisar a estratégia do governo afegão para o desenvolvimento e a estabilidade do país.
Entre terça e quarta, Hillary partirá para Seul, na Coreia do Sul, para a primeira reunião do chamado 2+2 -- ao lado do secretário de Defesa americano, Robert Gates, e seus homólogos sul-coreanos, Yu Myung-hwan, e Kim Tae-young.
A visita segue ao Vietnã, onde participará do 17º Fórum Regional Ministerial da Associação de Nações do Sudeste Asiático.
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