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18/07/2010 - 14h10

Interpol divulga fotos dos suspeitos de ataques que mataram 76 em Uganda

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DE SÃO PAULO

A Interpol (Polícia Internacional) divulgou neste domingo as fotos das reconstituições faciais de dois suspeitos de serem os homens-bomba que mataram ao menos 76 torcedores que assistiam à final da Copa do Mundo, há uma semana, em Campala. A organização pediu à polícia de Uganda que ajude a identificá-los.

A Interpol afirma que as reconstituições faciais foram realizadas a partir dos restos dos terroristas recolhidos no restaurante etíope e no clube de rugby onde ocorreram os atentados de 11 de julho.

Os ataques, que deixaram ainda 37 feridos, foram reivindicados pela milícia radical islâmica Al Shabab, ligada à rede terrorista Al Qaeda, como retaliação à participação ugandense na missão de paz da União Africana (Amisom) na Somália.

Arte/Folha

A polícia já suspeitava do grupo Al Shabab, ligado à rede terrorista Al Qaeda. O porta-voz do grupo, xeque Ali Mohamud Rage, disse que seus militantes levarão os ataques "contra nosso inimigo onde quer que ele esteja".

O Al Shabab, que sofre cada vez mais influência de militantes estrangeiros veteranos do Afeganistão e Iraque, ameaçava há tempos um ataque fora da fronteira somali, mas os atentados da noite deste domingo em Uganda são os primeiros.

A confirmação da autoria do grupo somali levanta preocupações sobre a capacidade e os motivos do Al Shabab, que os Estados Unidos consideram organização terrorista.

HISTÓRICO

O duplo atentado é o mais violento cometido na África oriental desde os ataques sucedidos contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 7 de agosto de 1998, que mataram ao menos 240 pessoas.

A primeira bomba foi detonada às 22h55 (16h55 em Brasília) no restaurante Vila Etiópia, no sul da capital de Uganda. Cerca de 20 minutos depois, duas bombas simultâneas atingiram os torcedores que viam a final entre Espanha e Holanda da Copa do Mundo no Lugogo Rugby Club.

No principal hospital de Campala, dezenas de pessoas procuravam por seus familiares. Muitos dos feridos eram atendidos nos corredores, diante da falta de recursos e da superlotação.

Com sua camiseta manchada de sangue, Collins Zziwa passava pelos corredores em busca de um amigo que não apareceu mais. Poucas horas antes, ele estava com um grupo de amigos em frente à TV do clube de rugby.

Zziwa contou que poucos minutos antes do fim do segundo tempo ouviu duas explosões que transformaram a festa em uma tragédia. "Quando ocorreu a explosão, cai e quando estava levantando ouvi uma segunda explosão", disse.

Entre as vítimas da tragédia, se encontra um cidadão americano que trabalhava para uma ONG em Campala. Além disso, cinco americanos ficaram feridos e foram hospitalizados.

 

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