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18/07/2010 - 16h26

Chávez acusa EUA de estarem por trás de denúncia colombiana

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DA ANSA, EM CARACAS

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, advertiu neste domingo que as acusações colombianas sobre a suposta presença de guerrilheiros em seu país são parte de uma campanha norte-americana contra os "projetos de soberania" impulsionados na América Latina.

Na última quinta-feira, o governo colombiano denunciou ter "provas contundentes" sobre a presença de líderes das guerrilhas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional) em território venezuelano, dando início a uma nova crise bilateral.

"Penso que estamos diante de uma reatualização da doutrina imperial norte-americana que enfrenta os novos projetos de soberania impulsionados em nossa América", afirmou o mandatário em sua coluna dominical "As Linhas de Chávez".

Nesse sentido, Chávez lançou um alerta à população sobre as ameaças e perigos que fazem parte da rotina no mundo, como a pressão exercida pelas potências mundiais sobre outros países. Como exemplo, citou a atuação dos Estados Unidos contra a "política nuclear com fins pacíficos" do Irã e o bloqueio de Israel contra Gaza, entre outros.

"O governo de [Barack] Obama está demonstrando ser, nas palavras e nos atos, a segunda administração Bush", apontou o líder venezuelano, em referência ao ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, que governou entre 2001 e 2009 e com quem Chávez manteve péssimas relações.

No mesmo texto, o presidente comentou ainda a pretensão do Senado chileno de "interferir" no processo eleitoral, considerando esta atitude "um franco e abominável desrespeito ao Estado Nacional Bolivariano e suas instituições".

A declaração responde à decisão de um grupo de senadores chilenos, que aprovou uma declaração com pedidos a entidades internacionais, como a OEA (Organização das Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos), para que estas garantam a "transparência" no processo eleitoral venezuelano, em vista das votações legislativas, que ocorrerão em 26 de setembro.

No mesmo documento, o grupo de parlamentares propunha uma missão de observadores formada por membros da casa, o que foi rejeitado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela.

Na coluna, Chávez abordou também outros temas comuns aos venezuelanos, como a exumação dos restos mortais de Simon Bolívar, que foi o responsável pela independência de vários países sul-americanos, realizada na sexta-feira passada.

Para o presidente venezuelano, que acompanhou pessoalmente o processo, aquele foi um momento "emocionante, emocionante até as lágrimas".

 

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