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Coreia do Sul e EUA anunciam manobras militares como alerta à Coreia do Norte
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DA EFE, EM SEUL (COREIA DO SUL)
Coreia do Sul e Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira que farão quatro dias de manobras navais e aéreas conjuntas, a partir do próximo domingo (24), que servirão de alerta à Coreia do Norte após o naufrágio em março passado da embarcação sul-coreana Cheonan, atribuído ao regime comunista.
O anúncio aconteceu depois de reunião em Seul entre o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, e seu colega sul-coreano, Kim Tae-young.
Os exercícios militares acontecerão no mar do Leste (mar do Japão) e terão participação do porta-aviões George Washington, além de 20 navios de guerra e caças de combate F-22, segundo comunicado da Junta do Estado-Maior sul-coreano e das forças americanas.
Segundo a agência sul-coreana Yonhap, Gates e Kim afirmaram que essas manobras são de "caráter defensivo" e pretendem enviar uma clara mensagem à Coreia do Norte para que cesse suas hostilidades.
Também buscam mostrar que a aliança entre Coreia do Sul e EUA será reforçada pela paz e pela estabilidade da península.
O Comando da ONU, liderado pelos EUA, informou à Coreia do Norte sobre a agenda das manobras no mar do Leste, acrescentou a Yonhap.
Seul e Washington cogitaram realizar exercícios militares conjuntos desde que uma equipe multinacional de investigadores assegurou, em maio, que o naufrágio do Cheonan, no qual morreram 46 marinheiros sul-coreanos, foi provocado por um torpedo norte-coreano. Pyongyang nega as acusações.
Além dos exercícios anunciados nesta terça-feira, está previsto que Coreia do Sul e EUA realizem em um futuro próximo novos testes navais conjuntos no mar Amarelo (mar Ocidental) e no mar do Leste.
Gates, que chegou à Coreia do Sul, visitou na terça uma base americana em Dongducheon, a norte de Seul, antes de se reunir com seu colega sul-coreano.
Está previsto que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegue quarta-feira a Seul para participar com Gates no primeiro diálogo entre as titulares de Relações Exteriores e Defesa dos dois países.
Antes desse encontro de quarta, denominado 2+2, os americanos e seus colegas sul-coreanos visitarão a zona desmilitarizada que divide as duas Coreias.
Atualmente há aproximadamente 28.500 soldados americanos na península coreana, como poder dissuasório perante um eventual ataque do governo da Coreia do Norte.
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