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22/07/2010 - 07h26

Colômbia apresenta hoje "provas" contra Venezuela

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FLÁVIA MARREIRO
ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ

A Colômbia promete apresentar hoje na OEA (Organização dos Estados Americanos), em Washington, ao menos um caso concreto para ilustrar a denúncia de que guerrilheiros abrigados na Venezuela ordenam ataques em território colombiano.

O chanceler da Colômbia, Jaime Bermúdez, citou ontem como exemplo que seu país tem informações precisas de que partiu de chefes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na Venezuela a ordem para que a guerrilha retomasse a região de Montes de Maria, no noroeste do país.

A tentativa foi desbaratada pelas forças colombianas em 6 de julho. Bogotá informou então que 12 guerrilheiros morreram na ação. "Há várias coisas novas", disse o ministro em conversa com jornalistas da qual a Folha participou.

"Não estamos falando de coisas que aconteceram há seis meses. Temos informações precisas sobre reuniões e sobre a presença física contínua de guerrilheiros lá", disse. O chanceler rejeita a hipótese, defendida por Caracas e por analistas, de que a denúncia busca complicar o ensaio de aproximação entre o presidente eleito, Juan Manuel Santos, e Caracas.

Ele negou que Bogotá tenha preterido os caminhos diplomáticos. "Eu mesmo, pessoalmente, entreguei duas vezes informação reservada ao chanceler [venezuelano Nicolas] Maduro, e nunca obtivemos resposta." A sessão no Conselho Permanente da OEA foi pedida por Bogotá na semana passada, e a controvérsia em torno dela teria provocado ao menos uma baixa.

RENÚNCIA

Anteontem, o presidente do órgão político do organismo, o equatoriano Francisco Proaño, renunciou alegando "discrepâncias" com seu governo, que teria pedido para ele não convocar o debate. Mas a Chancelaria do Equador negou tê-lo pressionado.

Bermúdez citou ontem as "pressões" sobre Proaño, vindas da Venezuela e do Equador, para adiar a sessão. Disse ainda que seu país articulou contatos nos últimos dias para pôr integrantes da OEA a par do tema.

"É possível que amanhã não haja consenso. Sabemos a posição de alguns. Mas esse é o instrumento que temos."

A jornalista FLÁVIA MARREIRO viajou a convite do governo da Colômbia

 

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