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Coreia do Norte volta a ameaçar e EUA pedem apoio da Ásia a sanções
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Coreia do Norte voltou a ameaçar nesta sexta-feira uma "resposta física" aos Estados Unidos e Coreia do Sul pelos exercícios militares conjuntos na mar Amarelo, na fronteira entre as Coreias. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reagiu pedindo a Pyongyang que pare com as provocações e aos países asiáticos que apoiem as sanções da Otan ONU (Organização das Nações Unidas) para pôr fim ao programa nuclear norte-coreano.
No Fórum de Segurança da Ásia, realizado em Hanói, o porta-voz da delegação norte-coreana, Ri Tong Il, criticou os exercícios militares como uma violação da soberania de Pyongyang e disse que levava a região de volta à política de "diplomacia naval armada" do século 19.
Na Son Nguyen/Efe | ||
Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, atende a imprensa no fórum de segurança asiático |
"Os exercícios serão outra expressão de hostilidade contra a Coreia do Norte. Haverá resposta física contra a ameaça imposta militarmente pelos Estados Unidos", disse Ri a repórteres.
Na véspera, a Coreia do Norte já havia condenado o anúncio das sanções americanas e classificou de ameaças os exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul de ameaça à paz mundial.
Hillary respondeu dizendo que os EUA estão dispostos a se reunir com os norte-coreanos e dialogar, mas que este tipo de ameaça apenas aumenta as tensões. Neste cenário, continuou, o progresso das negociações parece pouco provável.
"É estressante quando a Coreia do Norte mantém as ameaças e causa tanta ansiedade entre seus vizinhos e na região. Mas nós demonstraremos novamente com nossos exercícios militares que os Estados Unidos estão ao lado da defesa da Coreia do Sul e continuarão assim", disse a secretária americana.
Em seu discurso, Hillary disse que Pyongyang deve "mudar fundamentalmente de comportamento e respeitar seu compromisso de desnuclearização" adotado em 2005.
"A fim de incentivar a Coreia do Norte a tomar as medidas que deve tomar, convidamos com veemência nossos amigos e aliados do Fórum de Segurança da Ásia a continuar aplicando as sanções da ONU, de forma plena e transparente", acrescentou Hillary.
SANÇÕES
O Fórum de Segurança da Ásia conclui com uma reunião ministerial da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Além dos dez membros do bloco, participam outros 17 países, entre eles os seis que fazem parte das negociações sobre o programa nuclear norte-coreano, bloqueadas há mais de um ano: Estados Unidos, as duas Coreias, China, Japão e Rússia.
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) adotou uma resolução que sanciona a Coreia do Norte por suas atividades nucleares militares. O país asiático fez dois testes atômicos, o primeiro em 2006 e outro em 2009.
Hillary não se referiu, em seu discurso, às sanções complementares americanas, anunciadas na quarta-feira em Seul. Mas insistiu na ameaça que, segundo ela, representa Pyongyang para a região.
"Aqui, na Ásia, uma Coreia do Norte isolada e belicosa se lançou numa campanha de comportamentos provocativos e perigosos, incluindo um ataque contra o barco militar sul-coreano Cheonan", acusou a secretária de Estado.
A península coreana está em plena crise desde o naufrágio, em março, da corveta sul-coreana Cheonan. Washington e Seul, amparando-se numa investigação internacional, afirmam que a embarcação foi afundada por um torpedo disparado por um submarino norte-coreano. Pyongyang nega energicamente qualquer envolvimento no incidente, que matou 46 marinheiros sul-coreanos.
Segundo o mesmo Ri, para Pyongyang, as sanções "violam" a declaração adotada pelo Conselho de Segurança da ONU após o naufrágio da corveta. A declaração lamenta o naufrágio e evita condenar diretamente o regime comunista, cedendo à pressão de sua aliada, a China.
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