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28/07/2010 - 17h03

Lula rejeita se envolver em caso de iraniana condenada ao apedrejamento

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SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA

As campanhas mundial e nacional na internet e no twitter pela libertação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, não sensibilizaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Questionado nesta quarta-feira no Palácio do Itamaraty sobre a campanha "Liga Lula", disse que não pode passar o dia atendendo a pedidos e que as leis dos países devem ser respeitadas.

"Um presidente da República não pode ficar na internet atendendo todo o pedido que alguém pede de outro país (...) É preciso tomar muito cuidado porque as pessoas têm leis, as pessoas têm regras. Se começarem a desobedecer as leis deles para atender o pedido de presidentes daqui a pouco vira uma avacalhação", disse. Em seguida, Lula complementou que não acha certo "nenhuma mulher deveria ser apedrejada por conta de traição."

Mãe de dois filhos, Ashtiani recebeu 99 chicotadas após ter sido considerada culpada, em maio de 2006, de ter uma "relação ilícita" com dois homens. Depois, foi declarada culpada de "adultério estando casada", crime que sempre negou, e condenada a morte por apedrejamento.

O anúncio de que a aplicação da pena poderia ser iminente despertou uma grande mobilização internacional, e países como França, Reino Unido, EUA e Chile expressaram suas críticas à decisão de Teerã. O governo islâmico disse então que suspenderia a pena, até segunda ordem.

CAMPANHA

Um abaixo-assinado aberto há cerca de um mês na internet deu impulso mundial à campanha pela libertação da iraniana.

O documento conta com mais de 114 mil assinaturas, a maioria sem valor real, como pessoas identificadas apenas pelo primeiro nome, manifestações políticas como "E agora Lula?" e piadas como "Pica Pau".

A lista, contudo, tem também assinaturas verídicas de célebres brasileiros --Fernando Henrique Cardoso, Chico Buarque e Caetano Veloso.

Farshad Hoseini, diretor do Comitê Internacional contra Lapidação e autor do documento, explica que a ideia é que a pressão internacional chegue ao governo iraniano.

 

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