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01/08/2010 - 15h11

Incêndios se alastram na Rússia; governo envia US$ 165 mi às áreas mais afetadas

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os incêndios florestais que atingem a Rússia há quatro dias continuam se alastrando, e em menos de 24 horas triplicaram de 31 mil para 99 mil hectares, informaram agências de notícias. Até o domingo de manhã haviam sido registrados 774 incêndios e o primeiro-ministro Vladimir Putin determinou que o governo destine 5 bilhões de rublos (165 milhões de dólares) para ajudar às vítimas.

O ministério russo das Situações de Emergência indicou neste domingo que conteve o avanço das chamas. A situação "melhorou sensivelmente" nas últimas horas, afirmou à televisão Rossia 24 a porta-voz do ministério em Moscou, Irina Andrianova.

"No dia de hoje, 320 focos de incêndio surgiram, 210 foram apagados", acrescentou, citada pela imprensa russa. "Nos últimos dois dias, as forças do ministério conseguiram evitar que casas fossem incendiadas e impediram perdas humanas", ressaltou Andrianova.

Mais de 5.200 pessoas foram retiradas das zonas afetadas pelo desastre.

A imprensa russa critica o governo por insistir que a situação está "sob controle" apesar de a realidade indicar o contrário. Os incêndios florestais que atingem há quatro dias a Rússia, que vive uma onda de calor sem precedentes, deixaram 30 mortos, segundo um registro oficial, e devastaram povoados inteiros. Milhares de pessoas perderam suas casas.

Os serviços florestais anunciaram a extensão dos incêndios ao extremo leste do país, onde cem mil hectares de taiga estavam em chamas neste domingo.

Nas regiões da Rússia Ocidental e Central, os bombeiros tentavam evitar a propagação do fogo. O ministério das Situações de Emergência havia anunciado no sábado que cerca de 240.000 homens e 25.000 veículos, incluindo 226 aviões e helicópteros, tinham sido mobilizados na luta contra os incêndios florestais na Rússia.

Na região de Nijni Novgorod, "o fogo vem do solo e sobe nas árvores quando o vento começa", indicou um porta-voz do ministério à agência Ria Novosti.

"Fica difícil chegar aos bosques, onde também há pântanos, o que complica muito a passagem dos veículos", acrescentou.

Na região de Riazan (200 quilômetros a sudeste de Moscou), os principais focos foram apagados, mas "o fogo volta a aparecer em centenas de lugares", indicou uma autoridade.

Os serviços meteorológicos previam para os próximos dias a continuação da seca e temperaturas muito altas, possivelmente superiores a 40 graus Celsius em algumas regiões.

PATRIARCA

O patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa Russa pediu neste domingo aos fiéis que rezem para que chova, em meio a fortes incêndios florestais, que avançavam pelas zonas europeias do país depois de uma onda de calor sem precedentes em junho.

O verão mais quente jamais registrado desde que começaram as medições há 130 anos destruiu plantações e deixou agricultores próximos da falência.

"A dor atingiu nossa nação, vidas humanas foram perdidas, centenas perderam seu abrigo e centenas ficaram sem alimento, incluindo muitas crianças", informou a mídia local, citando o patriarca Kirill em uma oração durante uma visita à região de Nizhny Novgorod, uma das mais atingidas pelos incêndios.

"Peço a todos unidade em uma oração para que a chuva na nossa terra", afirmou.

"A ameaça de novos incêndios foi incrementada devido ao clima pouco favorável em várias regiões dos distritos Central e do Volga, com temperaturas que alcançam 40 graus Celsius e ventos de até 20 metros por segundo", informou o ministério.

A seca na Rússia, um dos maiores exportadores de trigo do mundo, elevou os preços globais do cereal a níveis máximos em anos. Os futuros do trigo nos EUA subiram em mais de 5 por cento na sexta-feira.

 

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