Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/08/2010 - 15h57

EUA dizem que ataque libanês contra Israel foi completamente injustificado

Publicidade

DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON (EUA)
DE SÃO PAULO

Os Estados Unidos, grande aliado de Israel, afirmaram nesta quarta-feira que os disparos do Líbano contra soldados israelenses na região da fronteira foram "completamente injustificados". A troca de tiros entre os dois países, motivadas pela suposta invasão israelense do território líbano para podar árvores, deixou ao menos cinco mortos nesta terça-feira.

"Os disparos das forças armadas foram completamente injustificados", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.

Mais cedo, em comunicado, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) afirmou que as árvores estavam sendo cortadas pelo Exército israelense ao sul da Linha Azul [fronteira dos dois países] do lado israelense --o que confirmaria a versão israelense dos fatos.

O comandante militar do norte de Israel, o general Gadi Eisenkot, disse à imprensa que os militares faziam uma operação de rotina na região da fronteira, em Misgav Am, para podar uma vegetação que atravessava os dois países. A ação, afirma, ocorreu somente dentro do território israelense.

Os oficiais libaneses que supervisionavam a operação de uma posição permanente teriam sido alvos de tiros de sniper, no que o general chamou de "evento planejado, uma agressão do Exército libanês que atirou em soldados dentro do território israelense sem nenhuma provocação".

O ministro libanês de Informação, Tareq Mitri, refutou as investigações da Finul. Segundo ele, Israel avisou a Finul que podaria as árvores. O Líbano então pediu que as forças da ONU suspendessem o processo até a chegada dos militares libaneses ao local. Israel decidiu então agir sem coordenação com as tropas de paz, o que foi considerado uma provocação pelo Exército libanês --cujos soldados dispararam tiros de alerta aos israelenses.

O Ministério de Relações Exteriores de Israel acusou ainda o Líbano de violar a resolução 1701 do Conselho de Segurança, que suspendeu as hostilidades entre os dois lados na guerra de 2006 entre Israel e o grupo libanês Hizbollah.

A resolução pede a interrupção do tráfico de armas e proíbe armas não autorizadas na região entre o rio Litani e a Linha Azul, a fronteira monitorada pela ONU entre Israel e o Líbano.

Líbano afirmou que ao menos três soldados e um jornalistas morreram do seu lado. Já israel relatou a morte de um oficial e um comandante que ficou gravemente ferido.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página