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05/08/2010 - 08h32

Enchentes no Paquistão matam ao menos 1.500 e afetam 4 milhões, diz ONU

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As inundações causadas pelas fortes chuvas do verão no Paquistão se transformaram em uma tragédia de proporções catastróficas. Até o momento, ao menos 1.500 pessoas morreram e mais de 4 milhões foram afetados de alguma forma, afirma a ONU (Organização das Nações Unidas) --um número que deve continuar aumentando nos próximos dias.

"Os números que temos agora são estimativas, porque muitas áreas afetadas continuam inacessíveis. No total, calculamos que 4,2 milhões de pessoas foram afetadas de uma maneira ou de outra", afirmou Manuel Bessler, chefe do Escritório de Coordenação de assuntos Humanitários da ONU no Paquistão.

Reuters
Centenas de moradores buscam refúgio em mesquita na Província de Punjab que ainda resiste às enchentes
Centenas de moradores buscam refúgio em mesquita na Província de Punjab que ainda resiste às enchentes

As maiores cheias do Paquistão em 80 anos ameaçam infligir um sofrimento generalizado na Província de Sindh, após o impopular governo decepcionar milhões de pessoas atingidas pelo desastre em outras partes do país.

As águas das cheias já se espalharam do noroeste para o centro agrícola de Punjab e depois até o sul da Província de Sindh, enquanto os paquistaneses veem suas aldeias submergirem e o presidente partir para visitas de Estado.

Funcionários em Sindh, onde fica o centro comercial do Paquistão, Karachi, estão lutando para evitar mais mortes e mais destruição para o setor agrícola --o mais atingido pela tragédia.

"Não há nada, apenas água ao redor de nós", disse um cinegrafista da Reuters viajando em um barco com tropas do Exército a sudeste da cidade de Sukkur, onde antes havia casas. "Eu não vi nada depois de viajar vários quilômetros nas áreas inundadas ao longo das margens do rio."

Cerca de 350 mil pessoas foram retiradas das áreas baixas da bacia do rio Indus, em Sindh.

O presidente Asif Ali Zardari, já pressionado por uma insurgência taleban, cortes de energia crônica e muitas outras questões cruciais, está na defensiva política mais uma vez --após sua decisão de viajar para o exterior durante a catástrofe provocar críticas ferozes.

Hammad Khan Farooqi/Efe
Militares paquistaneses retiram moradores de áreas inundadas pelas fortes chuvas de monção em Khyber
Militares paquistaneses retiram moradores de áreas inundadas pelas fortes chuvas de monção em Khyber

As inundações provocadas por chuvas de monção reforçaram a perspectiva de que os governos civis, vistos como corruptos e fracos, são incapazes de lidar com crises graves --deixando o Exército responsável por tudo.

"Meu pai ainda está preso em sua casa. Minha aldeia inteira foi inundada. Eu só não sei o que fazer", disse Abid Hussain, um operário de uma cidade no sul de Punjab.

Determinar os custos totais das inundações pode não ser possível tão cedo, mas em um país que depende fortemente da ajuda externa, o desastre pode ter um efeito paralisante na economia.

Os Estados Unidos já anunciaram uma ajuda de US$ 10 milhões e prometeram um grande esforço para ajudar milhões de pessoas afetadas pelas enchentes épicas --um esforço que visa, ao mesmo tempo, melhorar a imagem de Washington no país onde o sentimento antiamericano é forte.

 

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