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08/08/2010 - 12h36

Espião nuclear israelense Mordechai Vanunu deixa prisão em Israel

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-técnico em energia atômica Mordechai Vanunu, que passou 18 anos na prisão por revelar detalhes do programa nuclear de Israel, deixou a prisão neste domingo após cumprir nova pena por ter violado uma ordem que o proibia de manter qualquer contato com estrangeiros.

Depois de sair da prisão Ayalon, na cidade de Ramle, na região central de Israel, Vanunu pediu novamente permissão para sair do país, informou o jornal "Jerusalem Post".

Dan Balilty-29dez.09/AP
Acusado de ser espião nuclear, israelense Mordechai Vanunu foi preso novamente por contatar estrangeiros e jornalistas
Acusado de ser espião nuclear, israelense Mordechai Vanunu foi preso novamente por contatar estrangeiros e jornalistas

"Não sou cientista, não tenho conhecimento de armas nucleares. Quero ser livre e deixar este país", declarou Vanunu.

O ex-técnico foi proibido, entre outras coisas, de sair de Israel, falar com estrangeiros e participar de chats na internet, desde que deixou a prisão pela primeira vez, em 2004.

A Promotoria acusa Vanunu, 56, de ter violado as condições impostas para sua liberdade em 21 ocasiões, entre outros motivos, porque se reuniu diversas vezes com uma cidadã norueguesa com quem mantinha uma relação amorosa.

Vanunu revelou em 1986 os segredos de Israel sobre sua capacidade atômica e entregou ao jornal britânico "The Sunday Times" fotografias da central nuclear de Dimona, no sul do país, onde trabalhava.

Após fugir de Israel, foi seduzido por uma agente dos serviços secretos israelenses no exterior e preso na Itália. Vanunu foi levado a Israel, onde foi julgado por alta traição e condenado a 18 anos de prisão, 11 dos quais passou confinado sozinho.

Convertido ao cristianismo, Vanunu, que já não se considera israelense, pediu em vão asilo a vários países ocidentais. Ela se queixa de estar submetido a uma vigilância constante.

Israel mantém uma política de ambiguidade deliberada. Oficialmente, Israel declarou que não será o primeiro a introduzir armas nucleares no Oriente Médio. O país, contudo, não assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear.

Com base nas estimativas da capacidade de produção de plutônio do reator de Dimona, analistas estimam que Israel teria entre 100 e 200 ogivas nucleares.

 

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