Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/08/2010 - 13h35

Equipes fazem nova tentativa para alcançar 33 presos há três dias em mina no Chile

Publicidade

DA REUTERS, EM COPIAPO (CHILE)

Equipes de resgate se preparam neste domingo para perfurar pequenos buracos dentro de uma mina no norte do Chile para tentar localizar 33 mineradores presos por desmoronamentos e mantê-los vivos após três dias.

Os esforços de resgate sofreram uma grande derrota neste sábado, quando um novo desmoronamento bloqueou o poço de ventilação pelo qual as equipes de resgate estavam descendo. Nenhum contato foi feito com os mineiros até o momento. Eles estão presos 7 quilômetros adentro da mina, cerca de 300 metros verticalmente abaixo do solo.

Autoridades torcem para que os trabalhadores tenham conseguido chegar a um abrigo subterrâneo, que contém oxigênio, e estejam racionando comida e água.

A esperança agora é encontrá-los e passar a eles alimentos e água frescos, além de linhas de comunicação por meio de um pequeno furo, até que especialistas possam achar uma forma de retirá-los da pequena mina de ouro e cobre.

"A situação não é fácil, tenho que falar a verdade", afirmou na noite deste sábado o presidente Sebastian Pinera, que abreviou uma visita à Colômbia para se encontrar com familiares dos trabalhadores presos. "Não está apenas nas nossas mãos, está também nas mãos de Deus."

Equipes de resgate enfrentam uma corrida contra o tempo para alcançar os mineradores, que, mesmo tendo alcançado o abrigo, estão em um espaço do tamanho de um pequeno apartamento.

A mina San José, que pertence à empresa privada local Compania Minera San Esteban Primera, foi fechada após o acidente. Ela é um de três locais adjacentes que produzem juntos 1.200 toneladas métricas de cobre refinado anualmente.

O fechamento não deve prejudicar a produção de cobre no Chile, maior produtor mundial. Grandes acidentes em minas são incomuns no país, pois as autoridades mantêm rígidos controles sobre as operações.

Parentes angustiados, que passaram a segunda noite seguida na entrada da mina em volta de uma fogueira, choraram ao ouvir as notícias do novo desabamento no sábado.

Depois, eles se acalmaram, quando foram informados que a mina não tinha desmoronado completamente e que os esforços de resgate continuariam, embora muitos tenham tentado invadir a entrada da mina e duelaram brevemente com a polícia, chamando as autoridades da empresa de "assassinos".

"Temos de esperar, porque o resgate vai continuar", afirmou o comerciante local Crisologo Rojas, 51, cujo sobrinho e amigos estão presos na mina, localizada 450 quilômetros ao norte da capital, Santiago. "Não sei o que eles vão encontrar lá embaixo".

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página