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09/08/2010 - 10h16

Lula confirma visita de Juan Manuel Santos ao Brasil em setembro

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta segunda-feira (9) que o recém-empossado líder da Colômbia, Juan Manuel Santos, visitará o Brasil no dia 1º de setembro. A confirmação da vinda de Santos à Brasília ocorre apenas dois dias após o colombiano tomar posse do cargo em Bogotá.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula comentou ainda os encontros bilaterais com a Argentina, a Venezuela e a Colômbia e disse que a 39ª Cúpula do Mercosul em San Juan (Argentina) foi a reunião mais produtiva dos últimos oito anos, com destaque para o fim da cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) entre os integrantes do bloco.

"Me deu a impressão de que, pela primeira vez, todos nós tivemos consciência da verdadeira importância do fortalecimento do Mercosul", afirmou Lula.

Segundo Lula, havia uma "distorção" na cobrança do imposto que prejudicava o comércio na região. Ele explicou que quando um produto entrava em um dos países, era preciso pagar a TEC e, quando passava daquele país para outro, uma nova cobrança era feita.

A cúpula também aprovou o financiamento de nove projetos, no valor de US$ 795 milhões, para o desenvolvimento regional e que devem beneficiar, sobretudo, países menores como o Paraguai e o Uruguai.

CRISE COLÔMBIA-VENEZUELA

Com a posse de Santos na Colômbia, a solução para a crise entre Bogotá e Caracas passará a uma nova etapa. Os dois líderes, Hugo Chávez e Juan Manuel Santos, concordaram em se encontrar para uma reunião na capital colombiana já nesta terça-feira (10).

A informação foi dada neste domingo pela chanceler colombiana, María Ángela Holguín.

Holguín fez o anúncio depois de se reunir por cerca de três horas com seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, em uma reunião que qualificou como "um primeiro passo" para o restabelecimento das relações bilaterais. "Foi um diálogo franco e direto com o objetivo de os dois países restabelecerem as relações com transparência", completou.

Maduro disse, por sua vez, que "estamos muito satisfeitos em relação aos temas que começamos a trabalhar". "Vamos atuar da forma que devemos atuar, de maneira transparente", completou, para logo declarar que o diálogo deve ser "franco e direto".

O chanceler explicou que os presidentes deverão analisar o documento que ele e Holguín prepararam, e disse que "eles terão a possibilidade de conversar e tomar as decisões que favoreçam em maior nível as relações de nossos países".

CUMPRIMENTOS

Depois do anúncio dos chanceleres em Bogotá, Santos cumprimentou a decisão de Chávez de ir à Colômbia, e disse esperar que dessa reunião "possamos tirar conclusões que nos levem a normalizar as relações entre os dois países".

O fim dos laços diplomáticos entre os países foi anunciado por Caracas em 22 de julho, no momento em que a gestão de Uribe apresentava à OEA (Organização dos Estados Americanos) a denúncia de que o governo venezuelano abrigaria cerca 1.500 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional) em ao menos 87 acampamentos em território venezuelano.

Após a demonstração positiva de Santos, Chávez disse que poderia "virar a página" e avançar em um diálogo com o novo colega. Hoje, em um novo sinal de aproximação, ele fez um chamado às guerrilhas colombianas por um acordo de paz e pela libertação de todos os reféns que são ainda mantidos em cativeiro.

"À guerrilha é preciso fazer um chamado (...). Essa guerrilha deve manifestar-se pela paz e deve libertar todos os sequestrados. Por que a guerrilha deve ter sequestrados?", questionou Chávez em seu programa dominical de Rádio e TV "Alô Presidente".

 

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