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09/08/2010 - 21h18

Presidente da Colômbia promete retomar relações com Venezuela "nas próximas horas"

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SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA

O presidente Juan Manuel Santos disse nesta segunda-feira, por telefone, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nas próximas horas serão restabelecidas as relações com a Venezuela.

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A crise entre Bogotá e Caracas teve origem no dia 22 de julho, quando o representante colombiano na OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Alfonso Hoyos, disse que a Venezuela dava refúgio a líderes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) em seu território. Horas depois, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rompeu relações diplomáticas com Bogotá e reforçou a segurança na fronteira.

Desde que assumiu o poder, no último sábado, Santos tem tratado com prioridade o restabelecimento das relações com o país vizinho.

No telefonema, Santos agradeceu a participação de Lula em sua posse e avisou que nas próximas horas ocorrerá reunião em Bogotá entre os chanceleres venezuelano, Nicolás Maduro, e colombiana, Maria Angela Holguín, para tratar do assunto.

Santos agradeceu ao presidente brasileiro por interferir no assunto tentando auxiliar no restabelecimento das relações diplomáticas.

ENCONTRO MARCADO

Santos e Chávez têm uma reunião marcada para esta terça-feira em Santa Marta, na Colômbia.

Fontes da presidência colombiana informaram que a reunião ocorrerá no histórico balneário caribenho onde morreu Simón Bolívar, herói da independência dos dois países.

A reunião foi decidida domingo em Bogotá pelos chanceleres María Angela Holguín (Colômbia) e Nicolás Maduro (Venezuela), um dia depois da posse de Santos como presidente da Colômbia.

EXPECTATIVAS

Empresários colombianos esperam que o reatamento entre os dois governos permita a recuperação do comércio bilateral, que em 2008, antes da crise, foi de 7 bilhões de dólares. Até poucos meses atrás, a Venezuela era o segundo principal destino das exportações colombianas, atrás apenas dos EUA.

Apesar da retórica agressiva entre Caracas e Bogotá nas últimas semanas, os mercados não foram afetados, já que não houve preocupações sérias de que a situação pudesse descambar para um conflito armado.

A ex-chanceler colombiana María Emma Mejía disse que, no encontro, a Colômbia deverá pedir explicações à Venezuela sobre a presença de guerrilheiros no seu território, e que Chávez deve se comprometer a não permitir que rebeldes se refugiem no seu país.

Ela lembrou que Santos já foi ministro da Defesa e conhece a realidade militar da guerrilha Farc. "A Colômbia deve pedir à Venezuela explicações sobre as Farc, e ver que linha de ação tomar."

COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

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