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23/08/2010 - 08h56

Polícia atira nos pneus e cerca ônibus onde ex-policial mantém 15 reféns

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 09h08.

A polícia de Manila, nas Filipinas, cercou um ônibus de turismo no qual um ex-policial mantém ao menos 15 turistas reféns nesta segunda-feira. A polícia disse que atirou nos pneus para imobilizar o veículo. Imagens da rede de TV CNN mostraram os policiais quebrando os vidros do veículo.

O ex-policial Rolando Mendoza, 55, libertou nove dos 25 turistas que fez de reféns. O motorista do ônibus conseguiu escapar, ainda em circunstâncias não esclarecidas. Mendoza, que foi demitido, exige que seja reintegrado à polícia para libertar os demais turistas, a maioria de Hong Kong, na China.

A CNN, que cita fontes locais, afirma que Mendoza chegou a disparar seu fuzil M-16, mas não se sabe se ele feriu ou matou algum dos reféns. O motorista do veículo afirmou a uma rádio local que ninguém está ferido, mas o relato não foi confirmado pela polícia.

Em declarações a uma rádio local, o ex-policial ameaçou matar os reféns caso as forças de segurança se aproximassem. "Estou vendo muitos Swat (comando de intervenção). Sei que querem me matar. Todos têm que ir, senão farei o mesmo aqui a qualquer momento", disse.

Cerca de 20 agentes estão em ambos os lados do veículo, com armas apontadas para dentro do ônibus.

O sequestrador fez sinal para o ônibus parar no ponto histórico de Intramuros e depois declarou o sequestro quando o veículo chegou no Parque Jose Rizal, aproximadamente às 9h (22h deste domingo em Brasília). Ele entrou no ônibus com seu uniforme de polícia e armado com um fuzil automático M-16 e outras armas de menor porte.

Ele exige seu emprego de volta, um ano após ser demitido, segundo o chefe de polícia Rodolfo Magtibay. Ele quer ainda conversar com a imprensa filipina e pediu que seu filho, também policial, seja levado ao local. Os pedidos foram escritos em pedaços de papel e colados nas janelas dos ônibus.

Segundo relatos dos jornais locais, em 2008, ele estava entre os cinco policiais acusados de roubo, extorsão e ameaças contra um chef de um hotel de Manila. O chef prestou queixa dizendo que os policiais estavam tentando extorquí-lo com ameaças de acusá-lo de usar drogas.

Gregório, irmão mais novo de Mendoza e também policial, disse que ele se sentiu injustiçado quando foi demitido. "Ele ficou desapontado que fazia um bom trabalho na polícia, mas foi demitido por um crime que não fez".

Horas depois de controlar o ônibus, ele libertou duas mulheres, três crianças, um homem que sofre de diabetes e três filipinos --incluindo um guia turístico e um fotógrafo. O motorista do ônibus continua dentro do veículo com 15 turistas.

"Ele libertou as crianças, os idosos e um doente. Ele está mostrando sinais de bondade e eu acho que isto será resolvido de maneira pacífica", disse Fidel Posadas, vice-diretor de operações da polícia.

Um diplomata chinês que monitora as negociações disse que os reféns estão "calmos e pacíficos" e pediu às autoridades das Filipinas que não prejudiquem sua segurança enquanto as negociações avançam para a noite nas Filipinas.

A polícia trouxe comida para os reféns, assim como combustível para que o ar-condicionado possa continuar funcionando, com temperatura chegando a 32 graus Celsius do lado de fora.

A gerente da agência de viagens Hong Thai Travel Services Ltd., Susanna Lau, disse que o grupo deixou Hong Kong em 20 de agosto para visitar Manila e deveria voltar à China nesta segunda-feira. Segundo Lau, havia um guia turístico de Hong Kong e 20 turistas do território --três crianças e 17 adultos-- no ônibus.

Segundo o irmão de Mendoza, Florencia, um representante da empresa de ônibus falou com Mendoza pelo celular e prometeu rever seu caso.

Segundo Magtibay, um outro irmão do ex-policial está ajudando nas negociações.

"Nós devemos resolver isso rapidamente para que não tenha um efeito maior", disse o secretário de Turismo, Alberto Lim.

 

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