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26/08/2010 - 14h20

Itália aguarda perdão do Irã à Sakineh Ashtiani, diz ministro de Exteriores

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DA ANSA, EM ROMA

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, afirmou nesta quinta-feira que o governo italiano está acompanhando de perto o caso da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por adultério.

Em nota, a Chancelaria italiana afirma que Frattini, ao ser "informado da suspensão temporária da sentença, deu instruções para manter uma estreita relação bilateral com as autoridades iranianas, para que elas possam considerar um ato de clemência neste caso específico".

Embora respeitando plenamente a "soberania iraniana, a Itália não deixou de exprimir a mais viva preocupação pelo número de execuções capitais que todo ano ocorrem no Irã, em muitos casos contra minorias", aponta a mensagem.

Segundo o governo, "a Itália, como se nota há anos, está empenhada em levar a diante nas Nações Unidas iniciativas para a moratória e a abolição da pena de morte".

"Desde o início, [o país] sustenta nas diversas sedes internacionais a oportunidade de inserir na agenda política com Teerã também a temática dos Direitos Humanos, não inquisitorialmente, mas para poder desenvolver um diálogo baseado, ao máximo possível, sobre a confiança e respeito recíprocos", continua.

A Itália, aponta o ministério, "encoraja Teerã a acabar, definitivamente, com as penas cruéis e degradantes que são incompatíveis com a declaração da assemblia-geral da ONU de 1975, aprovada pelo mesmo Irã, e que condena toda forma de tortura e punição humana".

Sakineh tem 43 anos e foi condenada por adultério e homicídio em 2006. Seu advogado afirmou no início do mês que ela foi obrigada a confessar a uma TV estatal ser cúmplice no assassinato do marido e ter tido relações com um sobrinho.

De acordo com o defensor, a iraniana foi torturada em uma prisão de Tabriz, onde está detida há quatro anos, antes de conceder a entrevista. A suspensão da audiência sobre o caso foi adiada ontem, pela terceira vez, pelo sistema judiciário iraniano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promotor de uma aproximação com o Irã, também já manifestou intenção de ajudar Sakineh, oferecendo a ela asilo. O governo iraniano, no entanto, respondeu dizendo que o brasileiro estava "desinformado" sobre a questão.

 

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