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27/08/2010 - 19h58

Morales vai processar colunista que o chamou de "feto de Lúcifer"

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DA EFE, EM LA PAZ

O governo de Evo Morales vai processar pelo crime de desacato um colunista do jornal "Opinión", da cidade boliviana de Cochabamba (centro), que o chamou de "feto de Lúcifer", informou nesta sexta-feira o Ministério da Justiça da Bolívia.

A ministra de Justiça boliviana, Nilda Copa, deve apresentar denúncia contra o colunista Ivan Castro Aruzamen, o diretor do jornal, Edwin Tapia Frontanilla, e o chefe de redação, Antonio Rivera, porque o artigo "ofenda a dignidade" de Morales e de outros funcionários.

Em sua coluna de quarta-feira, Aruzamen se referiu a Morales como "feto" de "nome Lucifer" e a seu vice-presidente, Álvaro García Linera, como uma "mula do demônio".

A ministra disse que Aruzamen cometeu o delito de desacato por caluniar, injuriar e difamar funcionários públicos "com ofensas que não só atingem a dignidade das autoridades, mas de todo o país, pois se trata de autoridades".

O vice-ministro de Justiça boliviano, Hugo Montero, acrescentou que a promotoria deve determinar se inclui o jornal na investigação, porque não deveria "permitir publicar este tipo de colunas" que ofendem a "privacidade, intimidade, honra, imagem e dignidade" que estão protegidas na Constituição.

Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a governista Marianela Paco, declarou que os termos de Castro "são discriminatórios" e ele pode ser acionado penalmente.

Pela legislação nacional, os insultos públicos a uma autoridade podem ser punidos com quatro anos de prisão, indica um boletim de imprensa da Assembleia Legislativa.

A deputada comentou que um projeto de lei contra o racismo que está em discussão no Congresso aumenta as sanções para casos desse tipo para dez anos de prisão.

 

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