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No Irã, veredito sobre execução de Sakineh ainda é aguardado, diz chancelaria
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Chancelaria do Irã confirmou neste sábado que a pena de execução da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério e participação na morte do marido, ainda está suspensa e que a Justiça permanece avaliando os recursos apresentados.
A pena de morte por apedrejamento causou polêmica internacional. Posteriormente o Irã decidiu reverter a pena para a morte por enforcamento.
Após recursos e apelos de líderes mundiais e ONGs de direitos humanos, a Justiça iraniana suspendeu a execução de Sakineh, e passou a avaliar possíveis mudanças quanto à pena de morte para a mulher em questão, sobre o qual ainda não houve um veredito.
"Para as penas muito graves, há um procedimento específico e longo. Este veredito está sendo examinado, e quando a Justiça chegar a uma conclusão final, isto será anunciado", disse o porta-voz da Chancelaria do Irã, Ramin Mehmanparast.
ADIAMENTO
A audiência da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, que estava prevista para esta quarta-feira (25) foi adiada pela terceira vez consecutiva, afirmou Maria Rohaly, da ONG Mission Free Iran, à rede Fox News.
AP |
Sentença de morte da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani causou polêmica internacional sobre apedrejamento no Irã |
O motivo, acredita Rohaly, seria dispersar o interesse da mídia sobre o caso.
Ela afirmou também que o escritório do advogado de Ashtiani, Houtan Kian, foi revistado, segundo a Fox.
ENTENDA
Mãe de dois filhos, Sakineh foi condenada em maio de 2006 a receber 99 chibatadas por ter um "relacionamento ilícito" com um homem acusado de assassinar o marido dela. Sua defesa diz que Sakineh era agredida pelo marido e não vivia como uma mulher casada havia dois anos, quando houve o homicídio.
Mesmo assim, ela foi, paralelamente à primeira ação, julgada e condenada por adultério. Ela chegou a recorrer da sentença, mas um conselho de juízes a ratificou, ainda que em votação apertada --3 votos a 2.
Diplomatas iranianos afirmam que foi encerrado o processo de adultério e que a mulher é acusada "apenas" pelo assassinato do marido. Os juízes favoráveis à condenação de Sakineh à morte por apedrejamento votaram com base em uma polêmica figura do sistema jurídico do Irã chamada de "conhecimento do juiz", que dispensa a avaliação de provas e testemunhas.
Assassinato, estupro, adultério, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são crimes passíveis de pena de morte pela lei sharia do Irã, em vigor desde a revolução islâmica de 1979. O apedrejamento foi amplamente utilizado nos anos após a revolução, mas a sentença acabou em desuso com o passar dos anos.
Sob as leis islâmicas, a mulher é enterrada até a altura do peito e recebe pedradas até a morte.
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