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09/09/2010 - 17h50

Grupo opositor denuncia nova usina de enriquecimento de urânio no Irã

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DA EFE, EM WASHINGTON

A Organização dos Mujahidin do Povo do Irã (PMOI) denunciou nesta quinta-feira que Teerã está finalizando a construção de uma nova usina de enriquecimento de urânio para um suposto desenvolvimento de armas nucleares.

O ativista Alireza Jafazardeh, que falou em nome do PMOI, assegurou, em entrevista coletiva em Washington, que dados obtidos pela organização demonstram que o governo está escavando uma instalação para o enriquecimento de urânio em uma montanha situada a 120 quilômetros ao leste de Teerã.

O PMOI é uma organização opositora ao regime iraniano, que os Estados Unidos incluem na lista de grupos terroristas, embora seus membros defendam seu caráter pacifista e assegurem que abandonaram as armas há muito tempo.

O Irã nega que seu programa de enriquecimento de urânio tenha como objetivo fabricar armas nucleares e assegura que sua finalidade é o uso pacífico da energia nuclear.

No entanto, grande parte da comunidade internacional, sob a liderança de EUA e Israel, acusa o Irã de ocultar, sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina de aplicações bélicas, cujo objetivo seria a obtenção de armamento atômico.

USINA EM OBRAS

A construção do túnel, que começou em 2005, está 85% completa, com possibilidade de uso já "no próximo ano", assegurou Jafazardeh, citando fontes confidenciais "pertencentes ao regime iraniano", embora não tenha precisado se os mesmos trabalham na usina.

Segundo os dados do PMOI, o Ministério da Defesa se apoderou de 3.000 hectares para a construção da usina, situada a 20 quilômetros da cidade de Abyek (norte do país), e escondeu o seu verdadeiro teor da população local, apresentando-a como uma extensão da base de treino militar de Javad-nia.

A futura usina se situa em um vale de 30 quilômetros sob uma montanha de 100 metros de altura, dimensão suficiente para evitar a detecção de material radioativo, segundo os dados.

A instalação tem capacidade para abrigar "milhares de centrífugas" para enriquecer urânio, embora o PMOI admita não poder garantir que o maquinário já está sendo transferido para a usina, afirmou Jafazardeh.

O ativista indicou que teve conhecimento da informação nesta semana e a colocou "imediatamente" à disposição da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), do Comitê de Assuntos Exteriores do Congresso dos Estados Unidos e do governo de Barack Obama, embora não tenha oferecido detalhes a respeito da resposta dessas partes.

Soona Samsami, que foi o representante americano no Conselho Nacional de Resistência do Irã (NCRI), ao qual pertence o PMOI, disse na entrevista coletiva que a resposta dos EUA deve ir "além das sanções", para coordenar a oposição ao regime de Mahmoud Ahmadinejad dentro e fora do país.

Samsami assegurou que o governo iraniano gastou, até o momento, "US$ 100 milhões" na escavação do túnel para a usina.

Os ativistas respaldaram a apresentação dos dados com imagens de satélite que mostram os progressos na construção da instalação entre 2005 e 2010.

 

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