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Relatório da Justiça belga divulga detalhes sobre abusos da Igreja no país
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Compilado a partir de 475 denúncias feitas desde janeiro, quando a Bélgica criou uma comissão especial para investigar casos de pedofilia no país, um relatório divulgado pela Justiça nesta sexta-feira aponta detalhes dos abusos cometidos por padres católicos nos últimos anos.
Apresentado pelo psiquiatra Peter Adriaenssens, o documento detalha as investigações dos abusos cometidos na Bélgica da década de 60 até meados da de 80.
Na apresentação do documento, Adriaenssens denunciou as "pressões" e a lei do silêncio que imperou durante décadas no seio da igreja belga sobre o assunto e destacou que ao menos 13 vítimas se suicidaram anos depois de terem sofrido os abusos. Dois terços dos denunciantes são homens.
O documento, que contém os testemunhos anônimos de 124 "sobreviventes" --termo utilizado pela própria comissão-- destaca que os abusos sexuais da maioria das vítimas aconteceu aos 12 anos, mas também existem casos de crianças vitimadas dos dois aos sete anos.
A descrição das vítimas sobre os autores dos abusos geralmente é imprecisa, já que passaram muitos anos desde os crimes, mas depois das verificações pertinentes a comissão determinou que 102 eram membros de uma congregação religiosa.
"É possível afirmar que nenhuma congregação fica à margem dos abusos sexuais de menores por parte de um ou vários de seus membros", destaca o relatório.
A comissão recebeu muitos depoimentos, a princípio prescritos do ponto de vista penal, após a renúncia forçada, em 23 de abril, do arcebispo de Bruges, Roger Vangheluwe, que reconheceu ter abusado sexualmente de um sobrinho entre 1973 e 1986.
PENSÃO
Mais cedo a imprensa belga divulgou que apesar da renúncia, o ex-bispo receberá uma pensão líquida de 2.800 euros por mês.
"Roger Vangheluwe tem uma longa carreira e, portanto, tem direito a uma pensão completa", declarou o porta-voz do Ministério da Justiça belga aos jornais "Het Gazet van Antwerpen" e "Het Belang van Limburg".
A pensão que será recebida por Vangheluwe equivale a 75% do salário que recebia quando ainda estava no cargo (3.733 euros líquidos).
Vangheluwe se encontra na abadia de Vleteren (oeste da Bélgica) esperando que Bento 16 decida sobre seu futuro.
Os abusos cometidos pelo ex-bispo prescreveram, e por isso tudo indica que a Igreja Católica não abrirá processo canônico.
No entanto, o papa tem poder para impor uma sanção sem infringir o procedimento judicial próprio de qualquer estado de direito, segundo esclareceu este mês o especialista canônico Rik Torfs.
O caso de Vangheluwe causou escândalo na Bélgica, e motivou dezenas de denúncias de abusos no seio da Igreja no país.
Fontes ligadas à vítima indicaram à imprensa recentemente que Vangheluwe pagou à família para que não o denunciasse até que os fatos tivessem prescrito, o que ocorreu há dois anos.
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