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Irã critica silêncio da mídia sobre mulher condenada à morte nos EUA
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, rebateu nesta terça-feira as duras críticas recebidas pelo caso da iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada ao apedrejamento por adultério e participação no assassinato de seu marido. Ele denunciou um padrão duplo diante do "silêncio da mídia" sobre o caso da americana Teresa Lewis, condenada à pena de morte pela participação no assassinato de seu marido, apesar de alegações de que ela sofre grave deficiência de aprendizado.
O caso de Sakineh, de 43 anos, levou a uma reação em escala mundial e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a fazer uma oferta de asilo. O Irã chegou a suspender a pena de apedrejamento, mas não a cancelou de vez e reitera que a comunidade internacional não deve interferir em seus assuntos internos.
Efe |
Americana Teresa Lewis foi condenada a morte por ajudar no assassinato do marido; Ahmadiejad a compara com Sakineh |
"Uma mulher está sendo executada nos Estados Unidos e ninguém protesta", afirmou Ahmadinejad, durante um encontro com personalidades e dignitários islâmicos nos Estados Unidos, segundo a agência oficial Irna.
O presidente iraniano, que está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), denunciou ainda uma "campanha midiática contra o Irã" no caso de Sakineh.
"Segundo uma pesquisa, foram publicadas 3.700.000 páginas na interna sobre a iraniana, cujo processo continua sendo examinado, e há uma vasta campanha da imprensa contra o Irã. Mas ninguém protesta contra a execução de Lewis", afirmou Ahmadinejad.
O presidente, que critica a hipocrisia do Ocidente, disse ainda que 53 mulheres estão no corredor da morte nos EUA. "Infelizmente a "guerra ao terrorismo" se transformou em uma guerra contra as nações muçulmanas".
A americana Lewis deve ser executada nesta quinta-feira (23), no Estado de Virgínia, que teria a primeira execução de uma mulher em quase cem anos. Ela foi condenada por ter ajudado seu amante a matar o marido e o filho dele. Seus advogados afirmam que Lewis foi manipulada pelo assassino. Ele também condenado à morte, mas se suicidou na prisão.
Ahmadinejad condenou ainda as tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) por matar civis afegãos no que disse ser uma guerra lançada pelo pretexto de "alegadamente achar os responsáveis pelo 11 de Setembro".
"Segundo números oficiais, 3.000 pessoas foram mortas no incidente de 11 de Setembro, mas ao menos 110 mil foram mortos no Afeganistão até agora e não se sabe até quando a matança vai continuar", continuou Ahmadinejad.
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